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Reconstrução da mama ajuda no tratamento do câncer

05 de setembro de 2011 (Bibliomed). O diagnóstico do câncer de mama causa grande fragilidade emocional. A queda dos cabelos, náuseas, vômitos e todos os resultados da quimioterapia diminuem a autoestima feminina. Contudo, quando a mulher precisa retirar a mama por causa do tumor, o quadro se agrava ainda mais.

Estudo realizado pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos em 2008, avaliou o impacto dos resultados estéticos do tratamento de câncer na vida dos pacientes. Os resultados mostraram que pacientes com assimetria mamária apresentaram os piores índices de contentamento e maior incidência de depressão.

Uma solução para o problema é cirurgia plástica de reconstrução da mama. Para cirurgiões plásticos, como Dr. Alexandre Mendonça Munhoz, a cirurgia plástica de reconstrução da mama representa importante papel no contexto do tratamento global da patologia no que tange ao bem-estar e à qualidade de vida emocional e social das pacientes.

Segundo o especialista, “nos tempos atuais, mastologia e cirurgia plástica devem caminhar juntas, uma vez que os benefícios da oncoplástica à imagem corporal, com ausência de mutilação, têm impacto positivo na qualidade de vida e na reabilitação psicossocial após o tratamento da doença", afirma.

O número de cirurgias reconstrutivas em mulheres submetidas à retirada da mama devido ao câncer tem aumentado no Brasil, tanto particulares quanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Munhoz, o esclarecimento da população sobre as especialidades médicas envolvidas, bem como das técnicas disponíveis e da segurança do procedimento, contribuíram para que esses números se elevassem.

"Inúmeros estudos já demonstram os benefícios da cirurgia oncoplástica em associação com o tratamento do câncer de mama e, brevemente, não haverá mais sentido ou espaço para a terapia do câncer sem o emprego de técnicas de cirurgia plástica com intuito de favorecer o resultado estético final, melhorar a imagem corporal e promover qualidade de vida. É apenas uma questão de tempo", finaliza o especialista.

Fonte: Prontuário de Notícias, 31 de agosto de 2011.