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Detectada Alteração Genética Ligada a Déficit de Atenção

NOVA YORK (Reuters Health) - Pesquisadores descobriram uma alteração genética que pode contribuir para o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH).

Os cientistas destacam que os níveis de risco associados à nova alteração, no gene receptor de dopamina DRD4, são similares àqueles relacionados a uma variante do DRD4 anteriormente identificada.

A descoberta de diferenças genéticas menores -- chamadas polimorfismos -- em famílias com TDAH reforça o argumento de um componente hereditário da doença, de acordo com James T. McCracken e sua equipe, da Escola de Medicina da Universidade de Califórnia, em Los Angeles, Califórnia.

Os pesquisadores analisaram esses polimorfismos no DRD4 em 197 famílias, uma vez que o gene codifica uma proteína que é abundante em áreas do cérebro que contribuem para o funcionamento da memória e da atenção.

McCracken e sua equipe descobriram duas variantes do DRD4, uma das quais carregava duas cópias de uma porção que incluía 120 elementos de código genético.

Esse polimorfismo tendia a estar mais presente em crianças com TDAH do que em outras pessoas e era especialmente predominante em crianças com um subtipo desatento de TDAH. A presença da variante do gene DRD4 correspondia a um risco 40 por cento maior de TDAH provável ou definitivo e um risco 80 por cento maior do subtipo desatento do transtorno, de acordo com o estudo publicado na edição de setembro do Molecular Psychiatry.

Os pesquisadores concluem que essas pequenas contribuições ao risco de TDAH de diferentes variações genéticas dão suporte à noção corrente de que o transtorno de déficit de atenção/hiperatividade resulta de uma combinação de fatores, e não a uma única mutação genética.

"A interação (deste) polimorfismo com outras variantes genéticas no locus do DRD4 e com genes relacionados a neurotransmissores é desconhecida, mas merece investigação", afirmaram McCracken e sua equipe.

"Por último, (este) polimorfismo poderia ser testado como um indicador de prognóstico de resposta de tratamento no TDAH e talvez em outros distúrbios", concluíram os pesquisadores.

Sinopse preparada por Reuters Health

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