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Impulsividade e superstições estão interligadas

01 de julho de 2011 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, descobriram uma interessante relação entre a impulsividade e o chamado “raciocínio falho”, que é, por exemplo, a crença em amuletos de sorte e rituais supersticiosos.

O estudo envolveu jogadores compulsivos em tratamento clínico, e os resultados mostraram que aqueles com maior nível de impulsividade eram mais suscetíveis a erros de raciocínio associados ao jogo. Esses erros incluem rituais supersticiosos, como carregar amuletos, e as explicações sobre suas perdas variam desde má sorte até “frieza” das máquinas de jogo.

Comparando jogadores e não jogadores da população em geral, mediu-se primeiro a impulsividade isolada. Encontrou-se que os jogadores são mais impulsivos quando em estado de humor extremo, bom ou mau humor, que são sinais que podem desencadear o jogo. Não foi encontrada conexão entre a impulsividade e a busca por premiações imediatas no grupo de controle, quando se compara a capacidade de trocar um prêmio imediato por um prêmio maior no futuro.

O jogo patológico, ou seja, quando o hábito de jogar se torna um vício, é um distúrbio psiquiátrico que atinge cerca de 1% da população mundial. Os sintomas incluem desde a perda de controle sobre o jogo, sintomas de abstinência como irritabilidade, além de trazer diversas dificuldades para vida cotidiana da pessoa, como dívidas e problemas familiares.

"A ligação entre impulsividade e crenças nos jogos de azar nos sugere que a forte impulsividade pode predispor a uma série de distorções mais complexas - tais como as superstições - que os jogadores experimentam frequentemente”, explica o Dr. Luke Clark, um dos autores da pesquisa. Segundo Clark, a pesquisa ajuda a difundir duas prováveis causas subjacentes ao problema do jogo, indicando quem poderia acabar se tornando jogadores patológicos.

Fonte: Diário da Saúde, 30 de junho de 2011

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