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Gostosa ou obesa?

17 de março de 2011 (Bibliomed). Preferência nacional quando o assunto é gostosura, o bumbum farto pode ser sinal de obesidade. É o que sugere estudo publicado na edição de março da revista cientifica Obesity. A proposta da equipe do fisiologista Richard Bergman é alterar a base de cálculo de gordura corporal da fórmula do IMC para o IAC.

A velha formula do IMC (Índice de Massa Corporal), desenvolvida por Adolphe Quetelet em 1832, na qual a gordura corporal é medida dividindo o peso pelo quadrado da altura, seria agora substituída pelo IAC (Índice de Adiposidade Corporal), que se baseia na localização da concentração da gordura pelo corpo.

Segundo o IAC, quanto maior a circunferência dos quadris, maior a chance de o indivíduo estar acima do peso. Considerado mais acurado que o IMC, o Índice de Adiposidade Corporal parece mais preciso porque, ao usar a circunferência do quadril, leva em conta a propensão para acumular gordura. "É uma medida indireta para inferirmos a quantidade total de gordura no corpo", diz Bergman.

Para chegar à conclusão de que o melhor lugar para se medir a quantidade de gordura corporal é no quadril, os cientistas submeteram dois mil voluntários a exames de avaliação da composição corporal, técnica que usa feixes de raios X para medir a porcentagem de ossos, músculos e gordura.

Saber onde a gordura se localiza é importante na detecção de possíveis doenças cardiovasculares. O acumulo de gordura pode ocorrer em várias partes do corpo, variando de pessoa para pessoa. Em algumas ocorre na barriga, em outras no quadril, e a gordura se comporta de uma maneira diferente em cada parte do corpo, diminuindo ou aumentando os riscos de doenças.

A gordura mais perigosa é a visceral, aquela que se acumula entre os órgãos abdominais, provocando a chamada “barriga de cerveja”. A gordura cumulada nos quadris representa menor risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. Isso é apontado pelos críticos como um ponto controverso na pesquisa de Bergman, que se focou justamente na gordura menos perigosa. O cientista explica que o objetivo do IAC não é captar o risco cardíaco representado pela gordura visceral, mas sim criar um bom parâmetro para estimar a totalidade da gordura corporal.

Fonte: Revista Obesity. 01 de março de 2011

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