Notícias de saúde

Comunidades pobres podem ajudar a diminuir riscos para adolescentes

03 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade de Cornell (EUA) descobriram em um estudo que crianças mais pobres correm um risco maior de ter mais problemas de saúde quando adultos do que crianças de famílias de classe média. Mas a comunidade onde essas crianças pobres vivem é um fator importante que pode mudar esses resultados.

A equipe de pesquisadores selecionou um grupo de crianças pobres e de classe média de 8 a 10 anos de idade no final da década de 90 e vem acompanhando seu progresso desde então. Eles analisaram a saúde dos participantes e fatores de risco aos quais estão expostos. As mães também participam desse acompanhamento.

De acordo com as respostas que ambos, mães e filhos deram aos questionários, a equipe constatou que as crianças que cresceram em comunidades unidas e presentes na vida da família tinham menos risco de começar a fumar ou de estar acima do peso, do que as não estavam tão incluídas em uma comunidade. Um dos autores do estudo, Gary W. Evans diz que “Você pode ser capaz de enfraquecer aquelas conexões entre pobreza na infância e resultados de saúde negativos se você vive em uma comunidade com bons recursos sociais”. Ele acredita que em comunidades com muitos recursos sociais, adolescentes podem encontrar mentores ou modelos nos quais se inspirar. Eles também se sentem menos sozinhos e fora de controle, já que há pessoas para ajudar e a quem pedir conselhos.

É importante ressaltar que as crianças pobres, mesmo as que participam de comunidades unidas, tinham a saúde pior do que as crianças de classe média. Os problemas da pobreza podem ser suavizados quando a criança tem um grupo de pessoas em quem se apoiar, mas bons recursos sociais não resolvem tudo. Combater a pobreza em si ainda é fundamental.

Fonte: Psychological Science 2 de fevereiro de 2011

Copyright © 2011 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários