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Estudo associa maior número de tatuagens a risco elevado de hepatite C

16 de agosto de 2010 (Bibliomed). Pessoas que não se cansam de marcar seu corpo com tatuagens parecem ter maior risco de ter hepatite C e outras doenças no sangue, segundo recente estudo da Universidade de British Columbia, no Canadá. Avaliando 124 estudos em 30 países, incluindo o Brasil e os Estados Unidos, os especialistas notaram que a ocorrência de hepatite C é diretamente associada ao número de tatuagens de uma pessoa.

O médico Siavash Jafari, líder do estudo, alerta que, “considerando que os instrumentos das tatuagens entram em contato com o sangue e com os fluidos sanguíneos, infecções podem ser transmitidas se esses instrumentos forem usados em mais de uma pessoa sem serem esterilizados ou sem as técnicas de higiene adequadas”. Ele acrescenta que, muitas vezes, as tintas não são armazenadas em recipientes esterilizados, além de algumas conterem componentes tóxicos, incluindo até tinta de parede e de impressora.

Publicados na edição deste mês do International Journal of Infectious Diseases, os resultados indicaram também que os tatuados enfrentam outros problemas, incluindo o risco de reações alérgicas, HIV, hepatite B, infecções bacterianas ou com fungos, além de outros problemas na hora de fazer a remoção de uma tatuagem indesejada.

Baseados nos resultados, os especialistas defendem a adoção de diretrizes mais rígidas para os tatuadores e clientes e o reforço a essas orientações através de inspeções e registros de eventos adversos. Eles também recomendam programas de prevenção com foco nos jovens e presidiários. “Os clientes e o público em geral devem ser educados sobre os riscos associados às tatuagens, e os tatuadores precisam discutir os riscos com os clientes”.

Fonte: University of British Columbia. Press release. 06 de agosto de 2010.

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