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O combate à epidemia de tuberculose associada ao HIV precisa ser mais agressiva em comunidades afetadas

29 de julho de 2010 (Bibliomed). Apesar das políticas, estratégias e diretrizes, a epidemia de tuberculose associada ao HIV continua preocupante, particularmente na África Austral. O estudo em questão, publicado na revista The Lancet, concentrou a atenção sobre as regiões com a maior carga da doença, especialmente a África subsaariana, e concentrou-se na prevenção da tuberculose em pessoas com infecção pelo HIV, um desafio que tem sido muito negligenciado.

Os autores argumentam em favor de uma abordagem mais agressiva para o diagnóstico precoce e tratamento da infecção pelo HIV em comunidades afetadas, e propõem avaliação urgente de testes mais frequentes de HIV e início precoce do tratamento antirretroviral (ART). Esta abordagem deveria resultar em quedas em curto e longo prazo na incidência de tuberculose através de reconstituição imunológica individual e redução da transmissão do HIV. Implementação da política 3Is (intensificar a busca de casos de tuberculose, controle da infecção, e terapia preventiva com isoniazida) para a prevenção da tuberculose associada ao HIV, combinada com início precoce da ART, reduziria a carga de tuberculose em pessoas com infecção pelo HIV e proporcionaria um ambiente clínico seguro para entrega de ART.

Algum progresso está sendo feito na prestação de cuidados em pacientes infectados pelo HIV com tuberculose, mas muito poucos recebem a profilaxia com cotrimoxazol e ART. O diagnóstico precoce do HIV e seu tratamento, o 3Is, e um pacote global de cuidados ao paciente com HIV, em associação com terapia de curta duração (DOTS) da tuberculose, constituem a base da prevenção e controle da tuberculose associada ao HIV. O combate à epidemia de HIV associado à tuberculose precisa de ação ousada, mas responsável, sem a qual, o futuro será simplesmente o espelho do passado.

Fonte: The Lancet, Volume 375, Issue 9729, 2010, Pages 1906-1919

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