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Estudo indica que falta de sono pode cumprir papel no desenvolvimento de Alzheimer

25 de setembro de 2009 (Bibliomed). Um estudo realizado por cientistas americanos com ratos sugere que a falta de sono pode aumentar o risco de desenvolver a doença de Alzheimer. Publicados na revista científica Science, os resultados mostraram um aumento nos níveis de amiloide no cérebro – cujo acúmulo é associado à doença – quando os roedores estavam acordados e uma queda enquanto dormiam, indicando que o sono cumpriria um papel no desenvolvimento da condição.

Os pesquisadores avaliaram os níveis de amiloide-beta em ratos geneticamente modificados para desenvolver uma versão da doença de Alzheimer. Ao injetarem orexina – um composto que regula o sono – no cérebro das cobaias, os cientistas observaram que elas ficavam acordadas por mais tempo, e os níveis de amiloide aumentavam. Por outro lado, o bloqueio do composto foi associado a uma queda nos níveis da proteína ligada à doença.

Apesar de décadas de estudo, ainda não há armas eficazes contra a doença neurodegenerativa que afetará cerca de 35 milhões de pessoas no mundo em 2010. Por isso, apesar de mais estudos serem necessários para confirmação, os pesquisadores estão animados com a possibilidade de que drogas que afetem a orexina sejam úteis como tratamento da doença de Alzheimer.

De acordo com os autores, o estudo também reforça a necessidade de se tratar os distúrbios de sono, não apenas porque causam problemas imediatos, mas também pelos seus impactos em longo-prazo para a saúde do cérebro.

Fonte: Science. 11 de setembro de 2009.

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