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Estudo associa sobrepeso e quadris largos a problemas de memória

16 de julho de 2010 (Bibliomed). As mulheres idosas que estão acima do peso, mas principalmente aquelas que também são mais cheinhas na região do quadril, correm maior risco de terem problemas de memória. Essa é a conclusão de um recente estudo da Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, que avaliou 8,7 mil mulheres com idades entre 65 e 79 anos, e mostrou que o local da concentração de gorduras pode cumprir um papel no declínio cognitivo de mulheres idosas.

Publicados esta semana no Journal of the American Geriatric Society, os resultados indicam que, para cada ponto a mais no índice de massa corporal (mais de 25 pontos indica sobrepeso, e mais de 30, obesidade) das mulheres haveria uma queda de 100 pontos em testes de memória. Além disso, as análises mostraram que as mulheres com excesso de peso no quadril - “corpo em forma de pera” - teriam mais chances de apresentar perda de memória e declínio da função cerebral do que aquelas com peso concentrado na cintura - “corpo em forma de maçã”.

“A mensagem é que a obesidade e um maior índice de massa corporal não são bons para sua cognição e sua memória. Embora os escores das mulheres estivessem, ainda, em um intervalo normal, o peso extra definitivamente tem um efeito prejudicial”, destacou a pesquisadora Diana R. Kerwin. Entretanto, segundo a especialista, ainda não estão claras as razões dessa relação e por que o acúmulo de gordura no quadril é pior para a memória das idosas.

Os especialistas acreditam que citocinas inflamatórias - hormônios liberados pela gordura corporal - podem cumprir um papel nessa relação, afetando a resistência à insulina, os lipídios e a pressão sanguínea. “Precisamos descobrir se um tipo de gordura é mais prejudicial do que outra e como isso afeta a função cerebral”, destacou a pesquisadora. “A gordura pode contribuir para a formação de placas associadas à doença de Alzheimer ou para a redução do fluxo de sangue para o cérebro”, acrescentou.

Fonte: Journal of the American Geriatric Society. 14 de julho de 2010.

 

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