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Dia Mundial da Esclerose Múltipla – doença sem causa definida afeta 30 mil brasileiros

27 de maio de 2009 (Bibliomed). De acordo com Organização Mundial da Saúde, existem aproximadamente dois milhões de portadores de esclerose múltipla no mundo. No Brasil, segundo Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, estima-se que mais de 30 mil pessoas são atingidas pela doença – uma das mais comuns do sistema nervoso central e que ainda não têm as causas definidas.

No dia em que será comemorado o 1º Dia Mundial da Esclerose Múltipla, instituído pela Federação Internacional de Esclerose Múltipla (Multiple Sclerosis International Federation), nesta quarta-feira, 27, especialistas procuram mobilizar as pessoas e aumentar a consciência da sociedade em relação à doença. O objetivo da Federação também é o de melhorar o trabalho das associações em todo mundo e gerar fundos para pesquisas sobre a doença.

Os especialistas explicam que os neurônios são constituídos de uma parte interna, chamada axônio, e uma parte externa, chamada bainha de mielina, que atua para acelerar a transmissão dos impulsos nervosos. A doença começa pela destruição da bainha de mielina e, posteriormente, dos axônios, produzindo, nessas regiões, uma cicatrização (esclerose).

Como esse processo pode ocorrer em várias regiões do sistema nervoso central, acrescenta-se o termo “múltipla” ao seu nome. E esse mecanismo pode interferir no controle de funções vitais, tais como enxergar, falar e caminhar.

A esclerose múltipla é uma doença crônica incapacitante, com causa desconhecida, sendo mais comum em adultos jovens. Na maioria das vezes, a doença tem início por volta dos 30 anos de idade, com manifestações agudas caracterizadas por déficit neurológico, seguindo-se de períodos de remissão. Após algum tempo de fases agudas e remissão, o paciente experimenta um período de incapacidade progressiva.

Por causa da dificuldade de diagnóstico e prognóstico, além da incerteza da eficiência dos medicamentos, devido ao fato de os sintomas e sinais neurológicos serem variados e múltiplos, com períodos indetermináveis de exacerbações e remissões, os especialistas destacam que se torna ainda mais necessária a conscientização das pessoas em relação à doença.

Apesar de não ter cura, a observação, o diagnóstico precoce e o tratamento médico apropriado evitam complicações.

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