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Exame de sangue pode indicar os riscos de demência, diz estudo

10 de março de 2009 (Bibliomed). Um simples exame de sangue pode indicar os riscos de uma pessoa desenvolver demência frontotemporal – segundo tipo mais comum de demência, perdendo apenas para doença de Alzheimer – de acordo com estudo publicado no Annals of Neurology. Pesquisadores do Flanders Institute for Biotechnology, na Bélgica, desenvolveram um teste para descobrir o risco da doença medindo os níveis da proteína progranulina no sangue.

De acordo com os autores, há um defeito genético no cromossomo 17 em larga porcentagem das famílias com esse tipo de demência. E esse distúrbio genético levaria a uma redução considerável na produção da proteína progranulina pelo organismo.

Liderados pela bióloga molecular Christine Van Broeckhoven, os cientistas confirmaram que a deficiência desse fator de crescimento leva à morte de células cerebrais no lobo frontal do cérebro, causando a demência frontotemporal. E a falta de progranulina também estaria envolvida em outras doenças cerebrais, como doença de Alzheimer e esclerose lateral amiotrófica.

O novo exame foi desenvolvido com base nessas descobertas. O teste mede o risco de demência frontotemporal pela quantidade de progranulina no sangue. Segundo os cientistas, é um teste mais simples do que os exames genéticos atuais, e poderia ser utilizado em larga escala para a detecção da doença antes do surgimento dos primeiros sintomas. Porém mais estudos são necessários para determinar como tratar a deficiência da proteína.

Processos e sinais clínicos

A demência frontotemporal atinge pessoas com menos de 65 anos, começando no lobo frontal – que constitui cerca de 30% do cérebro – onde um grande número de células começa a morrer.

Essa área do cérebro atingida é envolvida na regulação do comportamento, movimento e humor e responsável por funções cognitivas, como a linguagem. Então, os primeiros sinais clínicos da doença são mudanças no comportamento e na personalidade, passando, em estágios posteriores, à perda de memória.

Fonte: EurekAlert. Public release. 06 de março de 2009.

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