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Especialistas recomendam que diabéticos sejam triados para apneia do sono

13 de janeiro de 2009 (Bibliomed). Pessoas que têm diabetes tipo 2 devem ser avaliadas quanto à apneia obstrutiva do sono – doença marcada por interrupções na respiração durante o sono, além de ronco e sonolência diurna –, segundo especialistas da Federação Internacional de Diabetes. As recomendações são baseadas em evidências que associam as duas condições – a apneia afetaria um em três diabéticos e aumentaria ainda mais seus riscos de problemas cardiovasculares.

Os especialistas também recomendam que os médicos examinem as pessoas com apneia para descobrir se elas apresentam os fatores de risco que caracterizam a síndrome metabólica, como obesidade abdominal, pressão alta, baixos níveis de colesterol “bom” (HDL), glicose alta e triglicérides alto.

Em artigo recentemente publicado na revista médica Endocrine Practice, os especialistas destacaram que, avaliando 279 pessoas com diabetes tipo 2, sendo 36% com apneia obstrutiva do sono, eles descobriram que homens com diabetes são particularmente vulneráveis – com menos de 45 anos, eles têm um aumento de mais de um terço nas chances de desenvolver apneia; com o risco dobrando entre aqueles com mais de 65 anos. Entre as mulheres, as diabéticas com menos de 45 anos têm um risco modesto (de 5% a 8%); porém, entre as idosas, as chances de ter o problema de sono são um terço maiores.

Os resultados indicam ainda que, entre os diabéticos, fatores de risco tradicionais para apneia, como o peso e o uso de medicamentos, são menos significativos do que idade e gênero. “Isso sugere que, uma vez que você é diabético, há uma predisposição tão grande à apneia obstrutiva do sono que outras variáveis que contribuem (para a apneia) são simplesmente menos importantes”, ressaltou o clínico Daniel Einhorn, da Universidade da Califórnia. 

E os especialistas destacam a importância do diagnóstico da apneia, visto que o tratamento com a pressão contínua em vias aéreas tem um grande impacto no diabetes, melhorando o controle do açúcar no sangue e reduzindo a pressão sanguínea. Porém mais estudos são necessários para desvendar os mecanismos envolvidos e, assim, desenvolver melhores abordagens de prevenção e tratamento.

Fonte: HealthDay. 08 de janeiro de 2009.

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