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Especialistas avaliam efeitos da “Lei Seca” sobre o número de mortes e traumatismos

10 de novembro de 2008 (Bibliomed). Médicos e outros especialistas realizam, na próxima quarta-feira, dia 12, no Rio Grande do Sul, uma avaliação científica sobre os efeitos da “Lei Seca” em relação ao número de mortes e à redução do número de acidentes e de casos de traumatismos atendidos.

O fórum, que acontece durante o Congresso Brasileiro de Ortopedia e Traumatologia, no Rio Grande do Sul, deverá contar com a presença do Ministério da Saúde, do Departamento Nacional de Trânsito, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), da Polícia Rodoviária Federal, e de representantes dos maiores hospitais de atendimento de urgência.

Para José Sergio Franco, diretor da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, as estatísticas divulgadas até agora sobre os efeitos da “Lei Seca” são importantes por indicar uma redução do total de mortes no mês de julho, porém não mostram um quadro suficientemente detalhado. Do ponto de vista médico, seria vital saber qual a redução da pressão sobre Prontos Socorros e Hospitais e que tipo de traumatismo passou a ser menos freqüente.

“Isso é necessário, porque o atendimento dos acidentados de trânsito tem um custo imenso para a sociedade, seja em termos de hospitais, de equipamentos, de ambulâncias, seja em termos de horas de trabalho de especialistas”, explicou Sergio Franco, acrescentando que o atendimento é multidisciplinar, envolvendo bombeiros, socorristas, anestesistas, radiologistas, cirurgiões e toda uma equipe de reabilitação.

Pesquisa

Para a avaliação dos efeitos da “Lei Seca”, a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia irá refazer, nos mesmos locais e com a mesma amostragem, uma pesquisa realizada no ano passado com universitários motoristas, acompanhantes e motociclistas. “O resultado de então nos surpreendeu, pois 75% dos entrevistados diziam que não se incomodavam de sair de automóvel com um motorista que tinha ingerido álcool, e apenas 25% afirmavam que não dirigiam após terem bebido”, destacou Sergio Franco.

Os especialistas destacam que a pesquisa ajudará a indicar até que ponto aumentou a conscientização um ano depois e com a vigência da nova lei, para determinar onde e como deve ser intensificadas campanhas de conscientização e prevenção. Porém, segundo eles, trabalhos mais longos e detalhados devem ser realizados para uma análise científica das mudanças.

Fonte: DOC Press. News release enviado em 03 de novembro de 2008.

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