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Estudo mostra que poluição do ar em São Paulo danifica músculo cardíaco

07 de outubro de 2008 (Bibliomed). Um estudo da Universidade de São Paulo e da Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre indica que a exposição à poluição do ar de São Paulo durante a gestação pode aumentar o estresse oxidativo no miocárdio, aumentando os riscos de problemas cardiovasculares no futuro. Os resultados dos testes com ratos foram apresentados no Congresso Anual da Sociedade Respiratória Européia, realizado em outubro na Alemanha.

“A exposição à poluição do ar pode suscitar lesões cardiovasculares em humanos e animais experimentais. Crianças e fetos parecem ser particularmente vulneráveis”, escreveram os autores, em publicação do evento. Eles destacaram, porém, que os mecanismos ainda não estão claros, sendo atribuídos, muitas vezes, ao estresse oxidativo gerado pela poluição.

Para investigar se a exposição realça o estresse oxidativo no músculo cardíaco de um animal adulto, os pesquisadores usaram ratos em duas câmaras – uma com ar urbano filtrado; e a outra, com ar urbano da cidade de São Paulo. E foram aplicados quatro protocolos de exposição: um grupo passou a vida pré-natal e pós-natal na câmara limpa; outro, com pré-natal na poluída e pós na limpa; um terceiro, na câmara de ar puro e, depois, na poluída; e o último grupo ficou todo o tempo no ambiente de ar poluído. 

Medindo a peroxidação lipídica como indicador do estresse oxidativo no coração dos ratos adultos, os pesquisadores concluíram que os animais que passaram pelo ambiente poluído apresentavam consideravelmente maiores níveis de estresse oxidativo.

“Os resultados permitem a conclusão que a exposição gestacional realça o estresse oxidativo no miocárdio em ratos adultos cronicamente expostos a níveis ambientais de poluição do ar”, concluíram os especialistas.

Fonte: ERS Annual Congress. 05 de outubro de 2008.

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