Notícias de saúde

Alimentação não interfere no surgimento do câncer de útero

12 de novembro de 2007 (Bibliomed). Muitas pesquisas sobre a associação entre o câncer e a dieta já foram realizadas. Alguns estudos sugerem que uma alimentação balanceada, com poucos ingredientes condimentados, enlatados, defumados e pouca quantidade de gorduras saturadas, mas com grandes quantidades de vegetais e frutas, é um fator benéfico contra o câncer.

Curiosos sobre essa questão, pesquisadores americanos da Sociedade Americana do Câncer, em Atlanta, Estados Unidos, e seus colaboradores, realizaram uma pesquisa sobre a relação entre dieta e câncer de endométrio, a parte interna do útero. A revista médica American Journal of Epidemiology publicou os resultados desse estudo.

O câncer de endométrio é uma doença que normalmente acomete mulheres na pós-menopausa. Um dos fatores envolvidos no seu surgimento é a obesidade, situação na qual a mulher, mesmo na pós-menopausa, continua a produzir estrogênio (um hormônio feminino) que, sem a ação contrária da progesterona (outro hormônio feminino que não é produzido na pós-menopausa), passa ser estimulador às células do endométrio, que continuam a se multiplicar, podendo levar ao surgimento do câncer.

Para verificar a relação entre a alimentação de grandes quantidades de vegetais e frutas, na prevenção do câncer de endométrio, os pesquisadores avaliaram mulheres que participaram do American Cancer Society’s Cancer Prevention Study II Nutrition. As informações sobre a alimentação foram conseguidas, a partir de questionários realizados em 1982, sendo que 435 casos de câncer de endométrio foram registrados em 2003.

Nenhuma relação entre a alimentação e o surgimento de câncer de endométrio foi observada. Apenas aquelas mulheres que receberam reposição hormonal apresentaram um risco aumentado de desenvolver o tumor. Portanto, pode-se considerar que, apesar da alimentação ser um excelente recurso para uma boa saúde, ela parece não interferir no desenvolvimento do câncer de endométrio.

Fonte: American Journal of Epidemiology 2007; 166 (8): 902 – 911

Copyright © 2007 Bibliomed, Inc.

Faça o seu comentário
Comentários