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Residir em locais distantes atrasa o diagnóstico do melanoma

10 de outubro de 2007 (Bibliomed). O melanoma é um tumor da pele, que quando identificado tardiamente apresenta baixa chance de cura. Sua apresentação mais comum é através de manchas escuras e elevadas, assimétricas, com coloração variável e diâmetro maior que 6 mm. A exposição solar desprotegida, o trauma repetido e fatores genéticos são algumas variáveis implicadas em maior risco de surgimento do melanoma.

Investigadores norte americanos da University of North Carolina publicaram uma pesquisa na revista Archives of Dermatology, em Agosto de 2007, na qual avaliaram a influência da distância do local de residência aos centros de diagnóstico e de outros fatores sócio-demográficos, na época de detecção do melanoma. Durante o período de acompanhamento foram identificados 643 indivíduos, com diagnóstico da doença.

Os resultados divulgados revelaram que a distância média da moradia dos pacientes, aos centros de diagnóstico, foi de 12,9 Km. Para cada aumento de 1,6 Km na distância entre a moradia do paciente e o centro dermatológico, havia um aumento de 0,6% no tamanho do tumor no ato de sua detecção, fato que configura um atraso diagnóstico. Da mesma forma, fatores como baixa condição socioeconômica e idade superior a 50 anos foram variáveis relacionadas ao retardo na identificação do melanoma.

Com isso, os autores concluem que residir em locais distantes de centros dermatológicos, envolvidos na identificação do melanoma, é um importante fator de atraso no seu diagnóstico, com conseqüente piora do prognóstico do tumor.

Fonte: Arch Dermatol. 2007; 143 (8): 991 – 998 (August).

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