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Distúrbios do sono na infância diminuem com a idade

23 de maio de 2007 (Bibliomed).  Os distúrbios do sono apresentam-se como um grupo heterogêneo de doenças, o qual possui, como aspecto comum, a presença de um sono inadequado e não revigorante. O seu principal representante é a insônia. A maioria das pessoas pode apresentar um episódio agudo de sono ruim, relacionado a problemas pessoais, familiares ou estresse emocional. Porém, tal quadro costuma ser passageiro e fugaz, ao contrário dos transtornos do sono, que são crônicos, recidivantes e bastante incapacitantes.

Um grupo de pesquisadores canadenses escreveu um estudo na revista Pediatrics, em Maio de 2007, no qual procuraram abordar a magnitude do problema que os distúrbios do sono trazem para a população pediátrica. A pesquisa baseou-se na obtenção de dados acerca da qualidade do sono das crianças, a partir de um questionário aplicado aos pais.

Os resultados apresentados demonstraram que a ocorrência de despertares noturnos reduz com o aumento da idade, uma vez que enquanto 36,6% das crianças, com idade de 2 anos e meio, acorda durante o sono, apenas 13,2% das crianças apresentam despertares noturnos aos 6 anos de vida. Há também uma diminuição da latência do sono (tempo entre o deitar-se e o início do sono) com o aumento da idade.

Os distúrbios do sono mais comuns nas crianças foram: sonambulismo, terror do sono, enurese noturna, bruxismo e movimentos rítmicos. A ansiedade de separação está associada com maior risco de ocorrência de distúrbios do sono na infância.

Dessa forma, os autores concluem que os transtornos do sono são comuns na infância, porém costumam reduzir sua freqüência com o aumento da idade.

Fonte: PEDIATRICS 2007; 119 (5): 1016 – 1025 (May). Doi: 10.1542/peds.2006-2132.

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