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Sintomas de ansiedade podem piorar desempenho escolar

08 de maio de 2007 (Bibliomed). A ansiedade é um dos transtornos psiquiátricos mais comuns na população. Ela se expressa pela preocupação excessiva nas diversas situações do dia a dia, resultando em sensação de apreensão ou expectativa, de magnitude superior à esperada para a importância do evento. Os sintomas ansiosos incidem em pessoas de todas as faixas etárias e sexos, sendo os mais comumente verificados a sensação de inquietação (estar com os "nervos a flor da pele"), o cansaço fácil, a dificuldade de concentração (sensação de estar com um "branco" na mente), a irritabilidade, a tensão muscular e os distúrbios do sono.

Um grupo de pesquisadores norte americanos escreveu um estudo para a revista Depression and Anxiety, no qual procuraram avaliar a influência da ansiedade na performance escolar. Selecionou-se para a pesquisa um grupo de estudantes de medicina de duas universidades, os quais responderam a um questionário padronizado, com o intuito de identificar alguma relação entre os sintomas ansiosos e a percepção subjetiva de má performance estudantil.

Os resultados divulgados revelaram que sintomas ansiosos e depressivos eram mais comuns dentre os estudantes de medicina, em comparação à população geral. Os sintomas obsessivos foram mais comumente identificados nos calouros, enquanto os sintomas de ansiedade e depressão eram mais comuns nos veteranos que cursavam o terceiro ano de faculdade. A percepção subjetiva de má performance estudantil não se correlacionou com os sintomas obsessivos, porém houve uma forte relação entre a presença de sintomas depressivos e ansiosos e um mau rendimento escolar.

Os universitários, com sensação de pior desempenho escolar, eram, em sua maioria do sexo feminino, tinham diagnóstico de depressão e geralmente eram mais velhos. Assim, os autores concluíram, que a resposta ansiosa ou depressiva, é um mecanismo adaptativo deletério, e que contribui para a piora do desempenho estudantil.

Fonte: Depression and Anxiety 2007; 24 (2): 103 – 111. DOI: 10.1002/da.20185  

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