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Células de cordão umbilical são novo tratamento contra a leucemia

29 de janeiro de 2007 (Bibliomed). A leucemia é um tipo de câncer no qual a medula óssea (local em que são produzidas as células do sangue) tem a sua produção alterada. O tratamento habitual é baseado principalmente na quimioterapia e no transplante de medula óssea. Este último, muitas vezes de difícil realização, pois é necessário encontrar uma outra pessoa que apresente as mesmas características do indivíduo doente, para que o transplante seja eficaz. Porém, mesmo assim, o risco de rejeição é grande.

Baseado nisso, novas pesquisas têm sido feitas para se encontrar estratégias no combate à leucemia. Uma delas é o uso de células do cordão umbilical da própria pessoa, como material de transplante. Essas células são consideradas como totipotentes, ou seja, capazes de se transformar em qualquer outra célula do corpo.

Um trabalho publicado no Pediatrics, em janeiro de 2007, apresentou o primeiro caso de transplante de células de cordão no tratamento da leucemia. O evento foi realizado por um grupo de médicos de Illinois e colaboradores.

O transplante foi realizado em uma menina de 3 anos de idade que desenvolveu leucemia linfoblástica aguda (um tipo específico de leucemia) e evolui com complicações no seu sistema nervoso central enquanto recebia o tratamento com quimioterapia 10 meses após o diagnóstico da doença. A criança foi submetida à tratamento intensivo (como radioterapia e quimioterapia) contra o câncer e sua medula óssea foi inativada para tentar o transplante.

Células do cordão umbilical dessa criança, guardadas por seus pais, foram então auto-inoculadas, de forma segura e fácil de ser realizada.

Hoje, 20 meses após o transplante, a doença está em completa remissão e a criança está bem. Esse foi o primeiro caso de transplante de células de cordão umbilical de um indivíduo para ele próprio (transplante autólogo) e indica um possível caminho para o tratamento da leucemia e de outras doenças de forma satisfatória e eficaz.

Fonte: PEDIATRICS;119 (1): 296-300 (January 2007) (doi:10.1542/peds.2006-1009)

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