Notícias de saúde
27 de dezembro de 2006 (Bibliomed).
A espondilite anquilosante é uma condição que induz a uma reação
inflamatória e deformidades na coluna vertebral e nas articulações da bacia. O
tratamento é essencialmente clínico, porém técnicas de cirurgia têm sido
descritas há mais de 50 anos.
Um artigo de revisão, publicado na revista Spine Journal em dezembro de 2006,
analisou as diferentes técnicas acerca do tratamento cirúrgico das deformidades
da coluna cervical, provocadas pela espondilite anquilosante.
O trabalho baseou-se principalmente na análise dos resultados de tratamentos
feitos através da osteotomia – um procedimento cirúrgico no qual o osso é
seccionado, para corrigir uma anormalidade. Foi avaliada a eficácia desse
procedimento na melhora dos movimentos do pescoço, especialmente a flexão. Além
disso, comparou-se a eficácia da osteotomia tradicional, com os novos métodos
cirúrgicos, na melhora da rigidez da coluna cervical dos pacientes portadores de
espondilite anquilosante.
Os pesquisadores analisaram cento e trinta e um casos, e os dividiram em dois
grupos específicos: um com pacientes tratados no período de 1967 a 1997 através
do método tradicional e outro de 1997 a 2003, com pacientes tratados através de
métodos mais recentes. No primeiro grupo registraram-se cento e quatorze
pacientes e no segundo, dezessete.
Os autores perceberam, que alguns cirurgiões, preferem utilizar a osteotomia com
o paciente em posição reclinada e com anestesia geral (método convencional). Já
outros realizam essa mesma cirurgia, com o paciente em posição assentada e com
anestesia local (método utilizado mais recentemente). Os pacientes foram
avaliados antes e após a cirurgia, por médicos não relacionados com os mesmos,
sendo considerado como padrão principal o ângulo de flexão do pescoço.
Como resultado, ficou evidente que a tanto a técnica convencional, quanto a mais
recente, não apresentam muitas divergências quanto aos resultados. Além disso, a
cirurgia com o paciente assentado, permite uma melhor visualização das
estruturas do pescoço, possibilitando uma melhor acomodação da posição da cabeça
e do pescoço, bem como impedindo a compressão de qualquer nervo que passe na
região.
Fonte: Spine. 31(26):3006-3012, December 15, 2006.
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