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Crianças são muito vulneráveis à propaganda

21 de dezembro de 2006 (Bibliomed). De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), as crianças e adolescentes são expostos a mais de 40.000 comerciais por ano, apenas na televisão. Porém, as crianças com menos de oito anos de idade, não conseguem compreender a noção da "intenção da venda" dos anunciantes, e frequentemente aceitam os comerciais sem nenhum questionamento.

O comitê de comunicação da AAP acaba de publicar, no número de dezembro de 2006 da revista Pediatrics, um artigo acerca da exposição das crianças a anúncios e comerciais. Segundo o comitê, os pediatras deveriam alertar o congresso americano, acerca da necessidade de banir os comerciais do chamado "junk food", durante os programas mais vistos pelas crianças mais jovens. E os país e pediatras deveriam trabalhar, junto às escolas, em relação à possível exposição dessas crianças, a anúncios nocivos no ambiente escolar.

Segundo o comitê, "Os anunciantes infiltraram os sistemas escolares dos EUA, de maneira lenta, porém continuada". Os anúncios têm aparecido nos ônibus escolares, nos ginásios, nas capas de livros e até mesmo nas instalações sanitárias, segundo a AAP.

Metades dos anúncios que as crianças mais jovens vêem, são relacionados com alimentos; entretanto os alimentos mais saudáveis são anunciados menos do que 3% do tempo. "As crianças raramente assistem a um comercial para brócolis", disse o comitê.

Além disso, o comitê enfatiza a necessidade de que certos anúncios, como aqueles sobre da disfunção erétil, sejam veiculados na televisão apenas após as 22h. Outra orientação dada pelo comitê é que os consultórios de pediatria não devem oferecer revistas com anúncios de bebidas alcoólicas ou de cigarros.

Fonte: Pediatrics. December 2006; vol 118: pp 2563-2569.

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