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Organização Mundial da Saúde Registra Altos Índices de Mortes em Conseqüência de Tabagismo

A OMS- Organização Mundial de Saúde revela que mais de 4 milhões de pessoas morrem a cada ano em conseqüência do cigarro. No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer mais 80 mil pessoas podem morrer devido ao tabagismo, além disso, mais de 60 mil pesquisas comprovam a relação entre cigarro e vários tipos de doenças graves, como o câncer de pulmão, enfisema, derrame, bronquite crônica, entre outros.

Vários países já possuem leis que proíbem totalmente a publicidade de cigarros, entre eles estão: a França, Itália, Nova Zelândia, Canadá, Noruega e Finlândia. Paises estes que após a proibição tiveram dados comprovados da queda do consumo do cigarro, confirmando que as proibições foram favoráveis à saúde dessas populações.

O Brasil também já entra numa fase de combate ao tabagismo e deve votar logo após as eleições municipais em outubro, uma lei antifumo. Aprovada em forma de projeto de lei no dia 9 de agosto pela Câmara dos Deputados em Brasília, ficou estabelecida a proibição desde aquele dia, da propaganda de cigarros nos meios de comunicação.

A luta contra o tabagismo no Brasil um papel decisivo do Ministro da Saúde, José Serra que tem levantado a bandeira sobre o assunto, além de conseguir uma grande adesão de boa parte dos políticos brasileiros. Por outro lado, o assunto tem criado polêmica devido ao grande número de patrocínios em eventos culturais e esportivos patrocinados pela indústria do cigarro. Entre eles estão o tradicional Free Jazz Festival e o Grand Prix do Brasil de Fórmula 1.

A lei antifumo poderá proibir definitivamente a propaganda de cigarros e outros produtos derivados em todos os meios de comunicação. A publicidade poderia ser feita apenas através de painéis, cartazes, pôsteres somente em locais internos de venda. Além disso, o material publicitário não poderia usar adolescentes ou crianças, como também deverão manter nas próprias embalagens as advertências sobre os males do cigarro.

A nova lei vai determinar que nenhuma prática esportiva esteja associada ao cigarro. Com relação às empresas, estará proibido o patrocínio de atividades esportivas e culturais, a distribuição e venda de amostra ou brinde, propagandas fixas em pistas/estádios/similares e as visitas promocionais em escolas ou distribuição de material promocional.

O Ministério da Saúde tem se empenhado sobre a questão da divulgação constante sobre o assunto, como pela atuação do próprio ministro, como também pela promoção de uma série de atividades sobre o assunto, como o Fórum Mídia e Tabaco, em São Paulo – época em que o próprio José Serra, apresentou o projeto de lei sobre a proibição da propaganda de cigarro e o patrocínio de eventos pela indústria tabagista.

O Ministério lançou ainda no início do mês de julho, a veiculação de um filme publicitário sobre o assunto. O filme faz uma retrospectiva da vida do jornalista José Carlos Gomes, que fumou durante 50 anos. O jornalista, que iniciou o vício aos 12 anos, conta que o cigarro sempre trouxe uma imagem de sedução, glamour e elegância.

Durante o anúncio, são mostradas fotos de José Carlos em eventos com pessoas famosas e logo depois aparece o jornalista em uma cadeira de rodas, com as pernas amputadas e sem o movimento dos braços por causa de uma artrite, uma vasculite e um derrame provocados pela nicotina. O jornalista aposentado diz no filme que essa é a imagem atual dele, doente e dependente para o resto da vida por causa do vício. No final do anúncio aparece a mensagem: "Essa propaganda o cigarro não faz".

José Carlos, que chegou a fumar cinco maços de cigarro por dia, não conseguiu abandonar o vício nem quando um médico o alertou sobre a possibilidade de perder as pernas e até a vida. Quando teve as pernas amputadas, o jornalista já estava com os dedos praticamente deteriorados.

Mesmo após largar o cigarro em 1993, José Carlos sofreu um derrame em 1997 que o deixou sem a movimentação da mão direita. Um ano depois, outro derrame agravou os movimentos do lado direito.

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