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Caligrafia médica ruim agora será punida nos Estados Unidos

29 de Julho de 2003 (Bibliomed). Os pacientes reclamam já há muito tempo que não conseguem entender a caligrafia usada pelos médicos nas receitas, e os farmacêuticos dizem que tentar ler algumas destas prescrições é o mesmo que decifrar hieróglifos. A maioria dos médicos tende a concordar que problema da caligrafia é mais real que imaginário.

Não é que a caligrafia dos médicos em geral seja particularmente difícil ler, mas ela, com o passar do tempo começa a adquirir características especiais, como a criação de abreviações e siglas, que a torna por vezes incompreensível para seus pacientes. Este problema na escrita pode levar a dificuldades de entendimento, causando problemas potenciais para os pacientes, que podem se confundir e usar doses erradas de medicamentos (e mesmo usar medicamentos errados), para tratarem suas doenças e condições.

Prescrições obscuras e ilegíveis conduzem a mais de 150 milhões de chamadas telefônicas por ano de farmacêuticos para médicos nos Estados Unidos, de acordo com o Safe Medication Practices no estado da Pensilvânia. Agora uma nova lei no Estado da Flórida irá procurar interferir no assunto.

A lei entrou em vigor no dia 1º. de julho e faz da Flórida o segundo estado a legislar acerca da legibilidade nas prescrições médicas. Segundo a nova lei, os meses, dias e/ou horas de uso do medicamento, assim como a quantidade do remédio que deverá ser usada (o número de comprimidos, por exemplo), devem ser escritas em algarismos e também por extenso. Além disso, as receitas deverão ter caligrafia legível.

Haverá uma investigação pelo Certification Board do estado da Flórida sobre os casos de médicos que tenham problemas de má escrita em suas receitas.

Os médicos agora se vêem frente a um dilema – ou melhoram sua caligrafia, ou passam a usar um computador e impressora para prepararem as suas receitas.

A informação foi publicada ontem na revista eletrônica American Medical News.

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