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UE Proíbe Exportação de Porcos da Inglaterra por Febre Suína

Por David Evans

BRUXELAS (Reuters) - A Comissão Européia informou na segunda-feira que as exportações de porcos vivos da Inglaterra serão proibidas devido à ocorrência de uma epidemia de febre suína altamente contagiosa.

As notícias são um novo tormento para fazendeiros britânicos que ainda sentem os efeitos financeiros da proibição da carne bovina britânica, suspensa ano passado depois de mais de três anos. A França ainda se recusa a permitir as importações com medo da doença da vaca louca.

"A comissão tomou a decisão de restringir as exportações inglesas de porcos vivos e de sêmen de porcos em resposta à epidemia da clássica febre suína", informou a Comissão Européia.

É a primeira vez que a doença aparece na Inglaterra em 14 anos e embora possa se espalhar rapidamente através da população regional de porcos, ao contrário da doença da vaca louca, não se acredita que possa ser perigosa para humanos.

Um porta voz da comissão confirmou que as restrições devem ser aplicadas apenas a exportações da Inglaterra e não para porcos de outras partes da Grã-Bretanha.

"É uma precaução perfeitamente razoável para a saúde dos animais. Nossos veterinários vêm trabalhado com a Comissão e chegaram a essa conclusão", disse um porta voz do Ministério da Agricultura da Grã-Bretanha, em Londres.

A comissão foi informada da epidemia há uma semana em East Anglia, no sudeste da Inglaterra. As restrições devem ser aplicadas até 31 de agosto e podem ser revistas por veterinários especialistas da União Européia em 22 de agosto, quando serão avaliadas a extensão do ataque e a eficácia das medidas de controle do Reino Unido.

Milhares de porcos já foram abatidos e as autoridades britânicas montaram uma área de proteção de 3 quilômetros e uma zona de vigilância de 10 quilômetros em volta das primeiras áreas infectadas e estão monitorando o movimento dos animais e veículos na área há duas semanas.

O chefe do Departamento de Veterinária britânico, Jim Scudamore, acredita que o controle da doença pode levar semanas porque as autoridades precisam visitar as fazendas, abater os porcos infectados, limpar, desinfetar e checar os lugares infectados. "Estamos muito preocupados que isso possa ter um impacto maior na criação de porcos das fazendas", disse Scudamore.

A Bélgica, Holanda e Espanha já impuseram restrições unilaterais aos porcos britânicos, uma vez que os três países sofreram com a doença há poucos anos. A Holanda sofreu a pior epidemia em 1997, quando perto de 10 milhões de animais foram abatidos e o governo foi forçado a gastar milhões em indenizações.

Sinopse preparada por Reuters Health

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