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Vírus da pneumonia atípica é mais resistente do que se pensava, diz OMS

07 de Maio de 2003 (Bibliomed). Um relatório publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou que o vírus que causa a Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) pode ser mais resistente do que se supunha. Exames feitos em nove países – incluindo a China, que detém o maior número de casos da doença – mostraram que o vírus pode sobreviver até quatro dias na urina e nas fezes dos infectados, e até quatro horas em superfícies normais. As pesquisas revelaram ainda que o vírus da Sars sobrevive em temperaturas abaixo de zero e que organismo não é morto com detergentes geralmente usados na esterilização de ambientes.

Essas descobertas ampliam as possibilidades de disseminação do vírus. Antes, acreditava-se que ele só poderia ser transmitido por contato pessoal direto, já que a maioria das vítimas contraiu a doença por meio de tosse ou espirros de outros infectados. Agora, supõe-se que o vírus pode a ser contraído por meio do contato com qualquer objeto contaminado. Os cientistas não sabem, no entanto, que grau de exposição é necessário para que uma pessoa seja infectada.

Apesar das últimas descobertas, alguns pesquisadores se dizem confiantes de que o vírus que causa a doença será contido, sem que seja necessário recorrer a uma vacina. “Nós acreditamos que é possível eliminar esta doença antes que ela entre em um ciclo e se torne endêmica”, afirmou o médico da OMS, Dick Thompson.

Desde que surgiu na China, em novembro do ano passado, a pneumonia asiática já atingiu mais de 6 mil pessoas e matou 417, em 26 países. No Brasil, 30 casos já foram notificados, em 12 estados, dos quais somente dois ainda não foram descartados. O período de incubação da doença varia entre 2 a 10 dias e seus principais sintomas são: febre alta de início súbito, calafrios, dor muscular, tosse seca e dificuldade de respirar.

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