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Descoberta pode levar a tratamento definitivo da malária

29 de Abril de 2003 (Bibliomed). Pesquisadores britânicos e tailandeses fizeram uma descoberta que pode levar a um tratamento definitivo para a malária, doença que infecta uma em cada dez pessoas no mundo, principalmente em regiões tropicais. Os cientistas da Universidade de Edinburgo e do Instituto Biotec de Bangcoc conseguiram determinar a estrutura detalhada da DHFR, proteína produzida pelo próprio parasita para se proteger da pirimetamina, droga usada hoje para combater a malária.

Com essa descoberta, será possível produzir remédios aos quais o parasita não vai poder reagir. A descoberta também pode ser útil na pesquisa de remédios contra outras doenças parasitárias. “Cientistas já estudaram essa proteína por muito tempo, mas até hoje ninguém conhecia a sua estrutura.

É uma grande descoberta”, afirmou o professor Malcolm Walkinshaw, da Universidade de Edinburgo. Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Nature Structural Biology.

A malária está presente em 90 países e seu impacto mundial é menor apenas do que o da tuberculose e o da Aids. Há quatro tipos principais da doença, todos transmitidos por mosquitos. A forma mais perigosa pode atingir os rins e o cérebro, causar anemia, coma e até levar à morte.

Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Unicef (Fundo da ONU para as Crianças, na sigla em inglês) divulgado na última sexta-feira, Dia Mundial da Malária, mais de três mil crianças morrem de malária por dia na África. Na década de 90, houve quatro vezes mais contaminações de malária do que na de 70 e duas a três vezes mais mortes em hospitais africanos. Esse salto se deve, em grande parte, ao aumento na resistência às drogas a base de cloroquina e sulfadoxina-pirimetamina.

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