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Brasil: Cientistas Descobrem como Parasita da Malária Atua

São Paulo, 5 de Janeiro de 2001(eHLA). A malária é uma doença infecciosa, potencialmente grave, causada por parasitas (protozoários do gênero plasmódio), que são transmitidos de uma pessoa para outra pela picada de mosquitos (Anopheles). Segundo estudo publicado na revista Science, cientistas da Universidade de Nova York descobriram que o plasmódio, parasita da malária, perfura a membrana celular e atravessa várias células do fígado antes de se alojar em uma célula definitiva para iniciar seu ciclo reprodutivo.

O processo pode funcionar como uma espécie de treinamento para que o parasita possa invadir a célula hospedeira sem ser detectado. Para os pesquisadores, o melhor entendimento desse processo poderá ajudar no desenvolvimento de uma vacina, pela identificação dos mecanismos pelos quais a infecção se estabelece no organismo.

A Malária no Brasil

Cerca de 40% da população mundial vive em áreas com risco de transmissão de malária, resultando em não menos que 300 milhões de pessoas infectadas no mundo a cada ano. Conforme Fernando Martins do Centro de Informação em Saúde para Viajantes (Cives), a malária, doença contra a qual não existem vacinas, é a principal preocupação dos viajantes atendidos pelo Centro.

Segundo ele, no Brasil, a transmissão da malária está basicamente restrita à Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins). “Nas capitais dessa região, em geral o risco é pequeno, mas pode haver transmissão nos arredores das cidades”, explica.

Nos Estados do Sudeste e do Sul, a não ser esporadicamente, não ocorre transmissão. Em áreas onde transmissão da malária foi interrompida, como o Rio de Janeiro, como em geral não é possível eliminar o mosquito transmissor, pode eventualmente ocorrer a reintrodução da doença. Em 1999 foram registrados 632.813 casos em todo o país. De janeiro a agosto de 2000, o número de ocorrências foi superior a 369 mil casos.

A transmissão da doença ocorre em países da América Central, América do Sul, América do Norte (México), África sub-saariana, Índia, Sudeste da Ásia, Oriente Médio, e Oceania. Entretanto, mais de 90% dos casos ocorrem em países africanos, com um número de mortes entre 1 e 1,5 milhões.

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