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Campanha contra a hanseníase acontece de 22 a 25 de abril em São Paulo

17 de Abril de 2003 (Bibliomed). O Brasil é o segundo país com mais casos de hanseníase, atrás apenas da Índia. Para melhorar a identificação dos portadores da doença, sensibilizá-los para o tratamento e tratá-los, o Centro de Saúde Geraldo Horácio de Paula Souza da Faculdade de Saúde Pública da USP, o Centro de Vigilância Epidemiológica, a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo e o Ministério da Saúde realizarão uma campanha contra a hanseníase entre os dias 22 e 25 deste mês. A campanha também quer reciclar os profissionais da área de saúde, como dermatologistas, reumatologistas e neurologistas.

Para a coordenadora da campanha no CSEGPS, a médica sanitarista com mestrado em epidemiologia pela FSP/USP Sylvia Maria Tolomei Teixeira, o ideal seria que a campanha fosse contínua, dado o fluxo de pacientes que se dirigem às unidades de saúde na época de campanhas como essa. Na opinião da especialista, o maior desafio a ser vencido é o preconceito. “Biblicamente, o preconceito ao redor dos doentes com lepra é muito forte. As pessoas que suspeitam possuir a doença têm um grande medo de rejeição ou repulsa social e muitas vezes evitam procurar um médico”, disse.

Conhecida popularmente por lepra, a hanseníase começa com uma ou mais manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele, em qualquer parte do corpo. Em cima destas manchas ou mesmo fora delas, a pele fica com a sensibilidade diminuída, ou mesmo insensível ao calor. Na maioria das vezes, as pessoas nem notam essas manchas, pois elas não coçam, nem doem e, portanto, não incomodam. Atualmente, existem medicamentos que curam a hanseníase, mesmo em pacientes diagnosticados com as formas mais avançadas da doença. Mas quanto mais cedo o tratamento for iniciado, maiores as chances de recuperação.

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