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Surto de conjuntivite continua fazendo vítimas

01 de Abril de 2003 (Bibliomed). Vários estados brasileiros estão vivendo um surto de conjuntivite aguda. No último mês, o Centro Nacional de Epidemiologia da Fundação Nacional de Saúde (Cenepi/Funasa) recebeu a notificação de cerca de 106 mil casos nos estados de Santa Catarina (47 mil), Rio Grande do Sul (7,4 mil), Paraná (15,4 mil), São Paulo (20 mil) e Mato Grosso do Sul (15,6 mil). Os casos iniciaram no final de fevereiro.

Considerada uma doença comum no verão, a conjuntivite aparece durante a mudança de estação, época favorável à reprodução do vírus. A contaminação acontece por contágio direto através das mãos e pelo perdigoto (partículas que são lançadas no ar quando se fala ou tosse).

As principais recomendações para evitar a conjuntivite são: evitar freqüentar lugares com grande aglomeração; afastar-se de pessoas infectadas com a doença; adotar uma boa conduta de higiene, sempre lavando as mãos; e jamais manipular lentes de contato antes de lavar as mãos. Diagnosticado o problema, é preciso evitar se expor excessivamente à luz, coçar os olhos, usar lentes de contato e compartilhar com outras pessoas roupas de cama e banho e utensílios de maquilagem para os olhos.

O tratamento deve ser feito com compressas geladas, com gaze esterilizada molhada em água filtrada ou fervida e gelada; além da medicação para dar conforto ao paciente. Também é preciso dar continuidade às medidas de prevenção para evitar o agravamento da doença. A automedicação deve ser evitada, pois o uso indiscriminado de colírio que possui corticóide pode ocasionar graves problemas para a visão, inclusive a cegueira.

A conjuntivite pode ser virótica, bacteriana ou alérgica. As conjuntivites virais e bacterianas agudas são quase sempre autolimitadas e duram de 7 a 14 dias. As de origem bacteriana, se tratadas adequadamente, duram de 1 a 3 dias. Os sintomas são olhos vermelhos, ardência ocular, fotofobia (aversão à luz), coceira nos olhos, lacrimejamento, secreção e sensação de corpo estranho. Os casos mais severos incluem hemorragia conjuntival, dor ocular e edema (inchaço) palpebral.

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