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Uso de TRH em homens deve ser avaliado caso a caso

27 de Fevereiro de 2003 (Bibliomed). Diminuição da libido, dificuldade de ereção, fadiga mental, insônia, depressão, dificuldade de concentração, problemas de memória, apatia, diminuição da massa corpórea e medo de enfrentar desafios. Esses são os sintomas da andropausa – diminuição do hormônio testosterona, responsável pelas características secundárias do homem, como pêlos, desenvolvimento do pênis, massa muscular aumentada, voz grave.

A queda gradativa da testosterona acontece a partir dos 50 anos. O diagnóstico da taxa de testosterona é feito através de um exame de sangue. Quando o hormônio está muito abaixo da normalidade, os sintomas podem ser aliviados com a terapia de reposição hormonal (TRH).

Mas, como a TRH pode ativar um câncer de próstata em indivíduos que apresentam o tumor numa fase inicial, é importante que sejam feitos exames para rastrear a doença, como toque retal e dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico) no sangue em homens a partir dos 40 anos. A próstata deve ser avaliada antes da terapia, trimestralmente, após iniciar a reposição; depois semestralmente e depois uma vez ao ano.

Também é importante investigar problemas circulatórios e cardíacos, já que o excesso de testosterona provoca aumento da massa muscular e das células sangüíneas, que provocam aumento dos glóbulos vermelhos e da viscosidade no sangue, o que pode acarretar trombose, embolia e outros problemas cardiovasculares.

A TRH mais indicada é a testosterona de depósito, ministrada de forma injetável por via muscular a cada 15, 20 ou 30 dias, de acordo com a queda do hormônio. Dependendo do caso deve ser recomendada durante o resto da vida. O medicamento não é caro, mas deve ser vendido sob prescrição médica, para inibir o uso da testosterona como anabolizante.

Outra opção é a testosterona por via oral, pouco utilizada porque os comprimidos devem ser tomados de duas a três vezes ao dia, além de influenciar no metabolismo hepático, podendo causar problemas no fígado, inclusive câncer. Já os adesivos de testosterona produzem bons níveis hormonais, mas são caros. Além disso, ficam expostos na pele e há casos de dermatites no local aplicado.

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