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Parturientes e recém-nascidos terão acesso ao teste rápido de Aids e sífilis

22 de Novembro de 2002 (Bibliomed). Estima-se que existam no Brasil cerca de 17,2 mil gestantes com HIV, mas o tratamento das parturientes com AZT ainda não chega a 6 mil casos por ano. Outra doença que preocupa é a sífilis, que atinge 60 mil gestantes brasileiras – 2% dos partos feitos anualmente pelo SUS.

Para evitar que essas mães contaminem seus bebês na hora do parto, o Ministério da Saúde criou, no último dia 18, o Projeto Nascer, que vai possibilitar que mulheres que não fizeram exames pré-natais tenham acesso ao teste rápido de Aids e sífilis, reduzindo em 80% as novas transmissões nos próximos seis meses. A cada ano serão investidos cerca de R$ 17 milhões em testes e tratamento das parturientes e dos recém-nascidos e em treinamento de mais de 4 mil profissionais de saúde em todo o país.

Inicialmente, serão comprados 300 mil testes rápidos anti-HIV, 10.320 ampolas de inibidor de lactação e cerca de 210 mil latas de leite em pó, o que vai garantir a alimentação e nutrição destas crianças expostas ao HIV. As parturientes cujos testes derem positivo serão tratadas com AZT injetável durante o trabalho de parto e tomarão o hormônio, para inibir a produção do leite. As crianças receberão o leite em pó nos primeiros seis meses de vida e xarope de AZT durante seis semanas. Assim, o risco de transmissão do HIV para o bebê será reduzido de 25% para cerca de 2%.

Para controlar a sífilis, o projeto incentivará a realização do teste VDRL no pré-natal e no parto. Em caso positivo, mãe, pai e bebê serão tratados com penicilina. A idéia é conscientizar para a importância de o teste ser feito o mais cedo possível, pois o diagnóstico tardio da doença materna pode provocar abortos, alterações no feto e complicações no parto. Se a criança não for tratada, poderá desenvolver cegueira, surdez, retardamento mental e outras anomalias físicas.

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