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Ministério da Saúde proíbe venda de álcool líquido para reduzir acidentes domésticos

04 de Julho de 2002 (Bibliomed). A venda de álcool líquido em supermercados e similares estará totalmente proibida a partir do próximo mês. A determinação do Ministério da Saúde vai reduzir consideravelmente o número de acidentes domésticos que resultam em queimaduras, na opinião do cirurgião plástico Dr. Ilmeu Cosme Dias, presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras/Regional Minas Gerais e coordenador da Unidade de Tratamento de Queimados do Hospital João XXIII, referência nacional no segmento.

As crianças são as maiores vítimas: cerca de 60% dos pacientes tem idade entre zero e 14 anos. A maioria dos acidentes envolvendo crianças acontece na cozinha, geralmente próximo do fogão. Já os adultos se queimam mais freqüentemente durante a limpeza de casa e nos finais de semana, ao fazer um churrasco. Nos dois casos, o álcool é o grande vilão.

Um outro tipo de queimadura que causa grande preocupação é a de causa elétrica. Elas são gravíssimas, uma vez que a lesão acontece de dentro para fora. Primeiro são destruídos os nervos e vasos sangüíneos e depois a pele. Fogueiras e água fervente também são responsáveis por muitos acidentes, principalmente nos dias mais frios, quando os atendimentos em hospitais especializados aumentam até 15%.

Em todos os casos, os primeiros socorros são os mesmos: usar apenas água no local do ferimento e encaminhar a vítima para o hospital. Qualquer outro produto, como pasta de dente ou óleo só piora o quadro do paciente. Como as marcas das queimaduras não são apenas físicas, o tratamento deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, envolvendo profissionais das áreas de cirurgia plástica, clínica médica, pediatria, psiquiatria, terapia ocupacional, psicologia, enfermagem, assistência social e fonoaudiologia.

O psicólogo, por exemplo, tem papel importante na recuperação do paciente, uma vez que as queimaduras geralmente deixam seqüelas e, conseqüentemente, causam depressão.

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