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Campanha pretende melhorar atendimento aos portadores de deficiência física

21 de Junho de 2002 (Bibliomed). A Campanha Nacional de Protetização para Pessoas Portadoras de Deficiência Física foi lançada no início da semana com a assinatura de uma portaria que pretende reduzir as filas de espera por aparelhos de reabilitação.

O ministro da Saúde, Barjas Negri, assinou o convênio lembrando que, de julho a dezembro deste ano, os governos estaduais e municipais terão recursos suplementares do Ministério da Saúde para oferecer órteses (aparelhos que complementam a função perdida com a deficiência) e próteses (que substituem artificialmente o membro perdido). Haverá verba também para a prestação de tratamento reabilitativo.

A campanha contará com o montante de R$ 12 milhões do Fundo de Ações Estratégicas e Compensações, liberados pelo Ministério da Saúde. Esse valor será somado a R$ 9,9 milhões que já foram repassados às secretarias de saúde, perfazendo um total de R$ 21milhões utilizados para atender portadores de deficiência física.

Entre os aparelhos e equipamentos a serem oferecidos estão cadeiras de rodas, muletas, bengalas, andadores fixos, calçados anatômicos e ortopédicos e outros materiais auxiliares necessários à locomoção.

Além de receber órteses e próteses, durante a campanha os portadores de deficiência física se submeterão a tratamento individual pré-protético e pós-protético, para se adaptar à órtese ou à prótese. Esses tratamentos incluem ainda exames clínicos, avaliação médica, sessões de fisioterapia e terapia ocupacional.

A Campanha pretende atingir, inicialmente, cerca de 17 estados que já montaram suas Redes Estaduais de Assistência à Pessoa Portadora de Deficiência Física. As redes estaduais foram criadas em junho de 2001e são compostas por centros de referência e hospitais classificados de acordo com a complexidade dos serviços oferecidos às pessoas portadoras de deficiência. Com a campanha, o Ministério pretende atender a 100 mil pessoas.

De acordo com o dados do último Censo, o Brasil tem hoje, 24, 5 milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. Desse total, 6,5 milhões possuem deficiência física ou motora, como amputações, lesões medulares e paralisia cerebral infantil, entre outras.

Os acidentes de trânsito e a violência urbana são os principais causadores de deficiência física, atingindo, sobretudo, jovens e adultos em idade produtiva. Doenças como diabetes, também podem levar à incapacidade e, muitas vezes, à invalidez.

A protetização é fundamental para as pessoas portadoras de deficiência física. A campanha pretende reduzir a demora no fornecimento de produtos e serviços destinados à reabilitação dos pacientes com membros amputados e aumentará a oferta de tratamento precoce e adequado.

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