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Ministério da Saúde redobra vigilância para evitar reintrodução da paralisia infantil

11 de Junho de 2002 (Bibliomed). A Fundação Nacional de Saúde está preocupada com a possibilidade de reintrodução do vírus da poliomielite no território nacional. Por isso, o órgão executivo do Ministério da Saúde solicita a todos os serviços públicos e particulares de saúde que reforcem a vigilância epidemiológica e notifiquem casos suspeitos, sobretudo em pacientes menores de 15 anos.

Um sinal para os profissionais de saúde e pais é a ocorrência do que os médicos chamam de paralisias flácidas agudas. Trata-se de doenças que afetam o sistema neurológico comprometendo movimentos do corpo. A sua forma de manifestação mais grave é a poliomielite.

O Brasil não registra casos de pólio ou paralisia infantil há onze anos. A última ocorrência se deu em 1989 na cidade de Souza, Paraíba. Por esse motivo o país recebeu da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) o certificado de interrupção da transmissão autóctone (casos de contaminação local). Segundo o Ministério da Saúde, a alta cobertura vacinal foi o principal responsável pela erradicação da doença.

A vacina oral contra a poliomielite começou a ser utilizada no Brasil no ano de 1971, nas cidades de Santo André (SP) e Petrópolis (RJ), onde ocorreram surtos da doença. Na década de 80, teve início a realização de campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite, o que contribuiu para a redução drástica do número de casos. Apesar das vitórias, o Ministério da Saúde considera necessário reforçar a vigilância.

O medo se deve à presença do agente causador da doença em vários países da África e da Ásia e ao grande trânsito de pessoas no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), Índia, Paquistão e Nigéria, que continuam registrando casos da doença, são áreas endêmicas para a poliomielite.

Especialistas da Sociedade Brasileira de Infectologia e do Conselho Federal de Enfermagem com representantes de 27 estados brasileiros estiveram reunidos em maio e verificaram a necessidade de sensibilizar profissionais que possam ter contato com algum caso de poliomielite, entre eles pediatras e neurologistas.

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