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Cerca de 300 mil novos casos de câncer serão diagnosticados em 2002

21 de Maio de 2002 (Bibliomed). Mais de 300 mil novos casos de câncer são registrados no Brasil todos os anos. Cerca de 165 mil deles atingem os homens e pouco mais de 171 mil, as mulheres. Os dados fazem parte do relatório “Estimativas da Incidência e Mortalidade por Câncer no Brasil em 2002”, elaborado e divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Pelo levantamento, 337.535 novos casos devem ser diagnosticados este ano: 165.895 em homens e 171.640 em mulheres. A maior incidência de casos deve ser de câncer de pele, alcançando 61.190 novos casos. O câncer deve ser a terceira causa de morte no País, respondendo por 12,32% dos óbitos registrados. A doença perde apenas para os problemas cardiovasculares e as causas externas, como acidentes de trânsito e violência.

Este ano, pouco mais de 122 mil pessoas devem morrer no País vítimas da doença: cerca de 66 mil homens e 56 mil mulheres. O câncer de pulmão deve provocar o maior índice de mortes, causando quase 16 mil óbitos. Pelo levantamento do Inca, 11,2 mil homens devem morrer com este tipo da doença. No entanto, os dados alertam que o câncer de pulmão é crescente também entre as mulheres. Na população feminina, o câncer de mama lidera os casos de mortalidade.

A previsão é de que mais de 9 mil mulheres morram com a doença. O câncer de pulmão será a segunda maior causa de mortes de mulheres com câncer.

Os especialistas, diante do crescimento da ocorrência do câncer de pulmão, lembram que o tabagismo é responsável por 90% dos casos da doença. O fumo também é fator de risco para outros tipos de câncer, como o de bexiga, boca, colo do útero, esôfago, faringe, laringe, pâncreas e rins. Nos últimos anos, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com o tratamento oncológico – quimioterapia, cirurgias e radioterapia – têm crescido. As despesas passaram de R$ 336,6 milhões, em 1995, para R$ 662,3 milhões, em 2001. O Ministério da Saúde tem investido também na formação profissional, no controle e prevenção da doença, e na criação de centros de alta complexidade em oncologia.

Para impedir o crescimento dos casos de câncer, o Ministério também tem feito campanhas contra o tabagismo e o diagnóstico precoce do câncer de mama e de colo do útero.

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