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Cientistas italianos anunciam nova técnica de fertilização in vitro

16 de Maio de 2002 (Bibliomed). Uma nova técnica de fertilização in vitro, anunciada esta semana na Itália, pode ajudar casais com problemas de fertilidade que desejam ter um filho. Trata-se de um método de revitalização de embriões congelados em laboratório, desenvolvido por uma equipe de cientistas coordenada pelo professor Ermanno Greco, diretor do Centro de Biologia e Medicina de Reprodução, do Hospital Europeu, em Roma.

A técnica consiste em fazer uma microperfuração com raio laser na área externa do embrião e introduzir um microtubo especial no interior dele para aspirar e retirar células degeneradas durante o processo de descongelamento. Segundo Greco, os embriões tratados dessa maneira são capazes de recuperar sua capacidade normal de evolução e produzir uma gestação semelhante à de um embrião não congelado. Os índices de eficácia do novo método chegam a 82%.

Os cientistas italianos comprovaram que, ao serem descongelados, os embriões fecundados em laboratório tinham sua capacidade de evolução comprometida. Os blastômetros, células que compõem os embriões, tendem a morrer. Essas células são capazes de liberar substâncias tóxicas que alteram a replicação de outras células sadias, comprometendo a evolução do embrião.

Com o novo tratamento, os embriões congelados passaram a ter a mesma capacidade de implantação no útero materno do que os “embriões frescos”, explicam os pesquisadores italianos. Isso aumenta as chances de sucesso da fertilização in vitro, também conhecida como bebê de proveta.

Hoje, apenas 30% das mulheres de até 35 anos, que se submetem à fertilização in vitro, conseguem engravidar. Acima dos 40 anos, o índice cai para 10%. No geral, cada casal precisa se submeter a pelo menos três tentativas. No Brasil, estima-se que cada uma delas custe entre três e quatro mil reais, em clínicas particulares. Uma alternativa é procurar o Sistema Único de Saúde (SUS), que cobre parte do procedimento.

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