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Reforço contra a dengue

Belo Horizonte, 25 de Fevereiro de 2002 (Bibliomed). O Ministério da Saúde decidiu contratar mais 1.100 agentes de saúde para reforçar as ações contra o mosquito da dengue no Rio de Janeiro. Também foi confirmada a participação de pelo menos mil soldados do Exército e de efetivos da Marinha para auxiliar no controle da doença em todo o estado. Os militares serão treinados pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e a contratação dos agentes será custeada com recursos do Ministério.

Para Oscar Berro, superintendente estadual da Saúde no Rio de Janeiro, as medidas não servirão para conter o surto de dengue dos tipos 1, 2 e 3, tanto no Rio quanto em outras cidades Brasileiras, se não for declarado um “dia D” contra a doença. Ele acredita que o Brasil deveria parar um dia inteiro para fazer uma enorme campanha com o objetivo de erradicar o mosquito Aedes aegypti e conscientizar toda a população.

Berro salienta que a única forma de controlar o surto da dengue e evitar que a doença se transforme numa epidemia generalizada é atacar os focos de mosquitos e larvas.

No Rio de Janeiro, o laboratório Noel Nutels recebeu no final da semana passada nada menos que 2.500 amostras de sangue com suspeita de dengue. Com isso, aumentou para 40 mil o número de amostras com suspeitas de dengue desde o início do ano. Os exames realizados no instituto Nutels confirmam que 13 pessoas morreram devido à dengue hemorrágica desde que os primeiros casos foram notificados em dezembro do ano passado.

Outro dado que os exames feitos pelo laboratório Nutels revelou foi que dos 603 exames de sangue realizados na semana passada, 95% apresentaram o vírus da dengue tipo 3.

Esse tipo de vírus entrou no Brasil no ano passado e preocupa pelo fato de que existe um número enorme de pessoas que não têm anticorpos para poder combatê-lo. Por isso, a quantidade de pessoas infectadas aumenta tão assustadoramente.

Em São Paulo, o número de infectados também não pára de crescer. No início da semana foi confirmado o primeiro caso de morte por dengue hemorrágica contraída no estado. A vítima foi uma professora de Piracicaba que morreu no dia 5 de fevereiro. Os testes foram realizados no Instituto Adolfo Lutz. Os dois filhos dela também estão com a doença e estão sendo tratados. Na capital paulista, mais três casos de dengue foram confirmados. Os laboratórios particulares também estão fazendo os exames de diagnóstico da doença. O teste é capaz de identificar o tipo de vírus e quantas vezes a pessoa contraiu dengue.

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