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Consumidor vai enfrentar reajuste de preços de medicamentos em fevereiro

Belo Horizonte, 30 de Janeiro de 2002 (Bibliomed). O consumidor vai enfrentar mais um aumento de preços de medicamentos. O governo federal autorizou a alteração dos valores a partir de fevereiro. O índice de reajuste máximo permitido será de 5,83%. O acordo que definiu o novo aumento de preços foi firmado entre as indústrias farmacêuticas e a Câmara Setorial de Medicamentos, que possui representantes dos ministérios da Fazenda, Saúde, Justiça e Casa Civil. Após esse período, os preços devem ficar congelados até janeiro de 2003.

No início desta semana, os laboratórios farmacêuticos devem apresentar à Câmara o preço específico de cada medicamento antes de alterar os valores dos produtos nas prateleiras. A previsão é que até o dia 31 de janeiro as listas com os novos preços estejam à disposição das farmácias e drogarias.

O reajuste por empresa está limitado à média de 4,32%. Por isso, para utilizar o reajuste máximo e manter-se na média, alguns laboratórios devem até diminuir os preços de determinados produtos.

O novo reajuste leva em conta índices econômicos como o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) e variações do dólar, do franco e do marco alemão – moedas que regulam a importação de medicamentos e matérias-primas usadas pelos laboratórios. O IPCA do ano passado foi fixado em 7,67%. A indústria farmacêutica reivindicava junto ao governo federal um aumento médio de 7%.

Segundo a Câmara de Medicamentos, no início do ano passado, foi autorizado um reajuste médio de 1,67%. Em outubro de 2001, devido à variação do câmbio, foi permitido um novo aumento, dessa vez, de aproximadamente 4%. Porém, a Associação Brasileira da Indústria Farmacêutica (Abifarma) garante que 44% dos medicamentos do mercado não tiveram seus valores elevados no segundo reajuste.

Por esse motivo, alguns laboratórios pretendem pleitear o direito de acumular os dois últimos índices autorizados de reajustes para os produtos que não tiveram aumento.

Alguns medicamentos, no ano passado, sofreram aumento acima do permitido pela Câmara de Medicamentos. Após denúncia do Conselho Federal de Farmácia, em Brasília, as empresas tiveram que readequar os valores.

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