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Aids cresce em todo mundo

Belo Horizonte, 11 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). Por maiores que sejam os esforços das autoridades de saúde, a Aids continua infectando pessoas em todo o mundo num ritmo acelerado. Estima-se que, até o final do ano, aproximadamente 5 milhões de pessoas terão sido infectadas pelo vírus HIV apenas em 2001.

O número de mortes previsto para este ano é de cerca de 3 milhões em decorrência da doença. Desde o início da epidemia, na década de 80, foram 40 milhões de infecções notificadas.

De acordo com levantamento do setor da Organização das Nações Unidas (ONU) que trabalha com a Aids, o maior índice de contaminação ocorreu na região leste da Europa, com registro de cerca de 250 mil novos casos de Aids. A transmissão de maior relevância, nessa localidade, foi a troca de seringas contaminadas pelo HIV.

Apenas na Rússia, foram identificados, no ano passado, cerca de 55 mil casos. Este ano, deverão ser 75 mil novas contaminações.

Na África, a situação é ainda mais complicada. A metade de todos os casos de infecção pelo HIV no mundo está na África. São aproximadamente 28,1 milhões de pessoas infectadas.

Na Europa e nos Estados Unidos o número de contaminações volta a subir. Um dos motivos é a redução de campanhas educativas, sobretudo para uma nova geração de jovens que acreditava não correr risco, o que incentivou comportamentos sexuais de risco.

No Brasil, o número de pessoas infectadas deverá chegar a 600 mil no final de 2001. Cerca de 60 mil pessoas foram contaminadas no Brasil entre 1999 e 2001. A ONU ressalta a importância da distribuição gratuita dos anti-retrovirais à população e considera necessário aos países em desenvolvimento seguir o modelo brasileiro. Uma das dificuldades é o custo elevado do tratamento, próximo de US$ 7 bilhões ao ano.

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