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Campanha antidengue quer impedir surto em Campinas

Belo Horizonte, 26 de Novembro de 2001 (Bibliomed). Com 438 casos de dengue registrados desde o início do ano, Campinas pode estar prestes a enfrentar mais um surto da doença no próximo verão. A Vigilância Epidemiológica da cidade, que fica a 90 quilômetros de São Paulo, já está se preparando para uma ampla campanha de conscientização da população.

A diretriz básica é eliminar criadouros. Além disso, o que o órgão quer é que todos os municípios da região também se preparem para enfrentar a epidemia. A dengue já se tornou endêmica no estado de São Paulo porque ocorre todo ano com a chegada das chuvas e do calor intenso.

Para que a meta seja cumprida estão sendo feitas reuniões com outros órgãos municipais, como o Departamento de Parques e Jardins, para evitar o acúmulo de água em locais públicos. Além da população, profissionais de saúde também serão envolvidos.

A coordenadora da Vigilância, Brigina Kemp, reconhece o risco de surto e admite também que podem aumentar os casos de dengue hemorrágica, o tipo mais agressivo da doença.

A dengue hemorrágica pode atingir tanto quem já teve a doença quanto quem nunca foi contaminado. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento são tão importantes na recuperação do paciente.

Febre, dores de cabeça, no corpo e nas articulações, além de manchas vermelhas na pele são sintomas da dengue, tanto clássica quanto hemorrágica. Eles podem aparecer juntos ou isoladamente.

De acordo com Brigina, o coeficiente de incidência da dengue esse ano em Campinas foi de 45 doentes para cada 100 mil habitantes, um dos mais baixos entre as cidades de São Paulo que registraram epidemias. Em Sumaré, por exemplo, foram 78 casos por 100 habitantes e na cidade de Barretos, somente esse ano, foram registrados 2.934 casos.

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