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Novas pesquisas visam melhorias na qualidade de vida de diabéticos

Belo Horizonte, 19 de Novembro de 2001 (Bibliomed). Pesquisadores de todo o mundo tentam buscar alternativas às injeções diárias de insulina – um pesadelo na vida de pessoas que sofrem de diabetes e precisam controlar a concentração de açúcares no organismo. Alguns pacientes necessitam de até três injeções diárias do hormônio. Cientistas da Universidade de Illinois, em Chicago, Estados Unidos, desenvolveram um pequeno aparelho que produz insulina e pode ser implantado no corpo.

Coberta de silício para evitar rejeição, a cápsula contém células produtoras do hormônio. O dispositivo funciona como um bioreator. As células secretoras localizadas dentro do aparelho utilizam nutrientes do organismo do paciente para produzir a insulina. Enquanto o corpo produz glicose, as células respondem com insulina.

A pesquisa foi financiada pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos. Os estudiosos acreditam que o dispositivo estará no mercado dentro de três anos. Outra tentativa de amenizar o sofrimento dos diabéticos partiu de um estudante de química norte-americano. O aluno da Universidade de Purdue, Indiana, nos Estados Unidos, Aaron Foss, anunciou a descoberta de um material que poderá ser utilizado com sucesso na produção de pílulas de insulina. A pesquisa foi apresentada durante o 22º Encontro da Sociedade Americana de Química, há dois meses.

A administração oral do hormônio seria um ganho de qualidade na vida dos diabéticos. O estudante desenvolveu um novo polímero, com consistência gelatinosa, que poderia ser usado na produção de cápsulas para levarem a insulina até o intestino delgado, onde é absorvida, sem sofrer alterações ao longo do caminho. O polímero é resistente às substâncias ácidas do sistema digestivo.

Testes preliminares do novo composto realizados em animais mostraram que mais de 16% da insulina chegaram até a corrente sangüínea. O índice é significativo se comparando ao 0,01% alcançado em descobertas anteriores.

O estudo ainda é preliminar e precisa de várias adaptações, como a liberação mais acelerada da insulina no intestino. Os cientistas esperam a introdução de pílulas de insulina no mercado ainda dentro de dez anos.

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