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Aids: um temor no mundo

Belo Horizonte, 09 de Novembro de 2001 (Bibliomed). Parece mentira, mas a polêmica reflete um temor de saúde pública. Os interessados ao cargo de presidente da Zâmbia poderão ter que se submeter a exames anti-HIV. A idéia é que os candidatos às próximas eleições presidenciais sejam homens sadios.

A proposta política que causou furor em entidades de direitos humanos é do candidato do partido do governo, Levy Patrick Mwanawasa. Na sua opinião, isso serviria de exemplo à população.

Nesse país, um em cada cinco adultos está infectado pelo vírus HIV ou já apresenta os sintomas provocados pela ação do microorganismo. A realidade demonstra que um dos maiores desafios políticos na Zâmbia é o controle da doença. Apesar disso, a Zâmbia é um país bastante conservador e os políticos geralmente ficam constrangidos em falar sobre Aids.

Outro país que se encontra em condições delicadas em relação à Aids, mas ainda não exigiu presidentes sadios é a África do Sul. O ministro das Finanças, Trevor Manuel, anunciou um aumento significativo dos gastos empenhados no controle da epidemia. A intenção é quadruplicar a verba de programas de apoio a pacientes com Aids nos próximos três anos.

No Brasil, o número de casos novos estabilizou em algumas regiões, mas é expansivo na porção Sul. O número de pessoas infectadas é 210.447 (de 1998 à março de 2001). Desde 1996, a epidemia vem crescendo em média 20 mil novos casos por ano.

A transmissão heterossexual representa 26,6% dos casos notificados de 1980/2001; a homossexual 17,2%; a bissexual 9,8% e o uso de drogas injetáveis é responsável por 18,5% dos registros. Cerca de 50% das pessoas com Aids foram a óbito.

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