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Presença de antraz foi descartada em São Paulo

Belo Horizonte, 22 de Outubro de 2001 (Bibliomed). O Instituto Adolfo Lutz descartou, no final da última semana, a existência de antraz nos 13 primeiros exames preliminares feitos em correspondências recebidas na capital e no interior de São Paulo. Nos últimos dias, a população do Estado tem sido vítima de trotes relacionados à bactéria causadora da doença que pode ser fatal.

A composição do material ainda está sendo analisada para saber se há alguma outra bactéria no pó branco contido em algumas cartas.

Na última semana, o Corpo de Bombeiros foi acionado por 13 moradores da capital que teriam recebido cartas suspeitas. Até o final da semana, foram 11 chamados e, desde o dia 16, foram 28. A maioria das cartas não tinha remetente e algumas foram enviadas do exterior.

Também foram encontrados pequenos sacos plásticos, lacrados, contendo pó branco, em prédios públicos da capital, incluindo a agência dos correios. No Tribunal Regional Federal foi encontrado um saco contendo cerca de 100 gramas de pó. Os bombeiros teriam dito a funcionários que a aparência era a mesma do amido de milho.

Outro saco com a mesma aparência foi encontrado no elevador do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, na zona oeste. O que chamou a atenção dos funcionários foi o fato de o prédio não estar aberto à visitação. Muitas pessoas acionaram os bombeiros antes mesmo de abrir as correspondências anônimas, temendo ser vítimas do antraz.

Esta semana, o Instituto Adolfo Lutz também vai apresentar o resultado de outros exames que ainda estão sendo feitos com o material recebido de todo o Estado. O pânico que se instalou nos Estados Unidos parece ter chegado também ao Brasil, deixando as pessoas assustadas com qualquer suspeita de bioterrorismo.

Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o banheiro do aeroporto precisou ser interditado na semana passada por suspeita de antraz. Entretanto, o exame feito no pó encontrado no vôo 2416 da Varig deu negativo.

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