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Presidente americano limita a pesquisa com células-tronco de embriões

Belo Horizonte, 13 de agosto de 2001 (Bibliomed). “Uma grande promessa e um grande perigo”. Estas foram as palavras do presidente dos Estados Unidos George W. Bush neste último sábado em seu programa semanal de rádio, ao assumir o compromisso de permitir e ao mesmo tempo limitar recursos financeiros para pesquisas realizadas com células-tronco extraídas de embriões humanos.

Segundo o presidente americano, a decisão agora tomada "permite explorar a promessa e o potencial da pesquisa de células-tronco sem cruzar uma linha moral fundamental".

Esta decisão significa manter o aporte de fundos federais para pesquisa em 60 linhagens de células tronco humanas já existentes. Estas linhagens têm a capacidade de se regenerarem indefinidamente, porém nem todas elas foram aprovadas pelo National Institutes of Health (NIH), que padroniza as linhas de pesquisa nos Estados Unidos.

As células-tronco, provenientes de embriões humanos, podem se transformar em qualquer outro tipo de célula, e tem sido vistas como um potencial tratamento para doenças como o mal de Alzheimer e a diabetes de tipo I.

A controvérsia sobre as células-tronco tem sido imensa – recentemente, trabalhos científicos realizados em ratos com lesão da medula espinhal e com os membros paralisados mostraram um resultados espetacular, tendo os ratos voltados a caminhar após 6 semanas. Isto seria uma tratamento promissor para pessoas portadoras de lesões medulares e que ficaram paraplégicas e tetraplégicas. O problema é que se deve destruir um embrião humano para conseguir-se as células tronco, gerando uma imensa questão ética e moral.

As reações à decisão do presidente americano foram muito diferentes: associações anti-aborto se mostraram muito satisfeitas com a decisão, pois o governo não irá dar suporte financeiro a novas linhagens celulares, enquanto a igreja católica acusou o presidente de ter cruzado uma linha moral ao manter a pesquisa nas linhagens já existentes.

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