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Técnica cirúrgica descarta necessidade de prótese

Belo Horizonte, 05 de Julho de 2001 (eHealthLA). Uma nova técnica foi desenvolvida na Clínica de Urologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo para corrigir deformidades penianas. O médico Paulo Henrique Egydio obteve resultados positivos na cirurgia de 65 pacientes que tinham curvaturas no pênis, causadas pela Doença de Peyronie ou por problemas congênitos.

Uma das vantagens da intervenção cirúrgica proposta por Egydio está no fato de que o pênis mantém seu tamanho original após a correção da curvatura, ao contrário de soluções anteriores que implicavam no encurtamento do pênis em até três centímetros, na perda da sensibilidade e na exigência de implantação de prótese.

O trabalho foi reconhecido internacionalmente ao receber o prêmio Professor Antonio Puigvert, da Confederação Americana de Urologia. A técnica é baseada em enxerto de pericárdio bovino (membrana que reveste o coração do boi), dimensionado para o local onde há a cicatriz na túnica albugínia (tecido elástico que envolve todo o pênis, além dos corpos cavernosos). O material enxertado não causa rejeição e tem baixo custo.

Uma pesquisa realizada em Minesotta/EUA, mostrou que 3% dos homens são vítimas da Peyronie. Em terras brasileiras, isso representa cerca de 300 mil homens. A doença caracteriza-se pela curvatura do pênis durante a ereção, que pode atingir 90º, causando dor e impedindo o ato sexual. O mal não tem causas específicas, mas costuma surgir após traumas repetitivos provocados durante uma relação sexual mais intensa.

A mesma curvatura aparece em indivíduos com pênis curvo congênito, o que não é uma doença, mas provoca transtornos físicos e psicológicos.

Outro avanço do procedimento é a possibilidade de associar o tratamento cirúrgico como o uso de medicação oral em pacientes que sofrem com a Doença de Peyronie e a impotência, descartando a necessidade de implante de prótese em várias situações.

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