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Secretaria de Saúde dá orientações gerais sobre o apagão às suas unidades

São Paulo, 05 de Junho de 2001 (eHealthLA). Ainda sem dados precisos e oficiais sobre os possíveis cortes de energia, tais como dias, períodos e horários em que poderão ocorrer, a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo elaborou um documento visando orientar os diversos escalões públicos no caso de interrupção do fornecimento de energia.

A orientação geral é que todas as unidades de saúde do Estado deverão estar organizadas para enfrentar a pior hipótese, ou seja, a de apagões sem aviso prévio.

“Pedimos que todos os funcionários sejam estimulados a apresentar idéias para enfrentar esta emergência. Qualquer contribuição deve ser encarada como útil. Assim instituiremos um concurso para o melhor projeto de racionalização de uso de energia elétrica.

Premiaremos o hospital que apresentar o melhor projeto e um prêmio para o melhor resultado”, afirma o documento.

O Gabinete da Secretaria vai centralizar e coordenar as ações, utilizando prioritariamente o site www.saude.sp.gov.br e o email cis@saude.sp.gov.br como meios de comunicação.

Orientações gerais

Uma das primeiras orientações da Secretaria é que suas unidades criem a “Brigada do Apagão”. Cada unidade, portanto, deverá organizar brigada interna treinada para orientar clientes e funcionários em caso de interrupção de energia elétrica durante o expediente.

Este treinamento deverá incluir orientações para evacuação do prédio através de escadas ou corredores escuros, resgate de pessoas presas em elevadores, elaboração de cartazes comunicando ao público como se comportar em caso de interrupção da luz, e assim por diante. Uma das recomendações dita que os elementos da brigada devem portar lanternas a pilha.

Outra orientação é de que cada unidade deve verificar a necessidade de adquirir equipamento para gerar luz de emergência (bateria com uma lâmpada, com custo médio de R$ 60,00, no mercado).

Além disso, devem estar atentas à possibilidade de ligar a caldeira a gás ou a óleo no sistema de energia de emergência do hospital, ou a necessidade de comprar um gerador pequeno para esta finalidade.

As unidades também devem estudar a retirada de todos os equipamentos sensíveis da tomada para evitar danos, no retorno da energia e ter o cuidado de cadastrar cada equipamento com “no-break”, verificando o seu tempo de autonomia.

É ainda necessário que as unidades mapeiem os recursos de saúde que possuem gerador, para que já saibam, de antemão, para onde devem encaminhar os doentes em situação de emergência.

O funcionamento dos ambulatórios é outro item prioritário para a Secrataria de Saúde de São Paulo. Ela avalia que haverá uma grande dificuldade em dispensar pacientes nas unidades em que o funcionamento for impossível sem energia elétrica.

Afinal, nem sempre é possível remarcar consultas e simplesmente dispensar o doente é arriscado. A Secretaria sugere sejam instituídas triagens para dispensa de pacientes com maior segurança e que seja providenciado um sistema de encaminhamento dos pacientes para Pronto Socorros, quando for o caso.

Outro ponto delicado diz respeito aos pacientes em terapia renal substitutiva, que necessitam de hemodiálise. A Secretaria está orientando para que, no caso destes procedimentos serem suspensos por falta de energia elétrica, seja feita uma escala de atendimento em horários alternativos, como por exemplo, à noite.

Há ainda o problema dos pacientes em home-care (internação domiciliar). Eventualmente, avalia a Secretaria, eles poderão necessitar de auxílio adicional, ou de transferência para hospitais. Cada caso deverá ser avaliado individualmente.

Os estoques de imunobiológicos e de medicamentos de alto custo nas unidades deverão ser reduzidos ao mínimo, no caso daquelas que não contarem com geradores de emergência. As unidades maiores deverão se responsabilizar pela estocagem de maiores volumes destes produtos.

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