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Especialistas discutem as causas da infecção hospitalar e sua prevenção

São Paulo, 08 de maio de 2001 (eHealthLA). A infecção hospitalar é a quarta causa de óbitos no País. Em todo o mundo ela se destaca entre as dez doenças que mais matam. O Congresso de Qualidade Hospitalar 2001, que acontece entre os dias 07 e 08 de junho, no Expo Center Norte, em São Paulo, estará discutindo as principais causas e formas de prevenção da infecção hospitalar. Segundo o infectologista e membro do Núcleo Técnico do Programa de Controle de Qualidade do Atendimento Médico-Hospitalar no Estado de São Paulo (CQH), Antonio Tadeu Fernandes, pouco mais de 30 por cento dos hospitais brasileiros contam com um programa efetivo, conforme determina a legislação.

Lei

Uma Lei Federal de 1997 instituiu a obrigatoriedade de se criar em todas as instituições de saúde uma Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) e um Programa de Controle de Infecções Hospitalares (PCIH). Segundo Fernandes, falta por parte dos administradores hospitalares uma consciência quanto à importância da adoção desta medida. “O estabelecimento de um programa de controle de infecção não só beneficia diretamente os pacientes, como também gera uma economia de aproximadamente nove vezes o que foi investido”, explica.

Infecções hospitalares

Um ato tão simples e até óbvio como o de lavar as mãos pode colaborar muito para se evitar a ocorrência de infecções hospitalares. “Infelizmente, o dia-a-dia corrido dos profissionais da saúde, que normalmente têm mais de dois empregos, faz com que este ato tão simples não seja praticado com a freqüência necessária. Lavam-se as mãos menos da metade das vezes em que é preciso”, avalia Fernandes. Segundo ele, com a descoberta dos antibióticos, os médicos acharam que as infecções estariam extintas, porém o abuso na sua utilização, selecionou germes resistentes, tornando mais grave o problema. “A infecção hospitalar é responsabilidade de todos”, acredita o médico.

Conceitua-se a infecção hospitalar como qualquer processo infeccioso adquirido no ambiente hospitalar. É diagnosticado principalmente em pacientes durante sua internação, mas pode ser detectado após a alta e atingir também qualquer outra pessoa presente no hospital. “Estão relacionadas à hospitalização de um paciente ou aos procedimentos de diagnósticos ou terapêuticas praticadas”, define.

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