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Anvisa divulga dados sobre infecção hospitalar no País

19 de Maio de 2003 (Bibliomed). Os resultados atualizados da Pesquisa Nacional sobre Infecção Hospitalar foram divulgados na última quinta-feira, Dia Nacional de Controle de Infecção. A pesquisa feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, avaliou a situação do controle de infecção de 60% (4.104) dos hospitais brasileiros em todos os estados do país, e subsidia o aperfeiçoamento de estratégias de prevenção e investigação das infecções.

A pesquisa mostrou que 76,1% dos hospitais têm comissão de controle de infecção formalmente nomeada e apenas 3% deles não realizam vigilância epidemiológica das infecções, o que pode dificultar a investigação dos casos e a adoção de medidas corretivas. Dentre os 72,6% que investigam os casos de infecção, 81,3% utilizam como método a busca ativa dos casos, processo de detecção recomendado pelo Ministério da Saúde.

Todas as comissões de controle de infecção nos hospitais são compostas por médicos e enfermeiros. Em 54% dos hospitais, esses profissionais participam do processo de compra de equipamentos e produtos hospitalares, favorecendo a escolha de produtos de melhor qualidade e reduzindo a incidência e a gravidade das infecções nos pacientes e profissionais de saúde.

As duas últimas etapas da pesquisa estão em andamento. Elas avaliarão o funcionamento das comissões nos municípios, a prevalência de infecções e a qualidade das ações de prevenção nas unidades de terapia intensiva. O último estudo sobre o assunto foi realizado pelo Ministério da Saúde em 1994.

Tecnologia

A Anvisa está disponibilizando, gratuitamente, para consulta e instalação, o Sistema Nacional de Informação em Serviços de Saúde (Sinais), no site www.anvisa.gov.br. Com o sistema, as informações sobre infecção hospitalar processadas pelos estados e municípios poderão ser repassadas à Anvisa por meio da internet e disquete. Elas servirão para o cálculo de índices fidedignos de infecção hospitalar e permitirão acompanhar e agir rapidamente na solução dos casos detectados. Haverá treinamento para utilização do sistema a partir de agosto. Antes, os sistemas disponíveis tinham que ser comprados pelos serviços de saúde, o que dificultava a obtenção de informações em âmbito nacional.