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BRASIL: Projeto da USP Oferece Cursos para a Terceira Idade

São Paulo, 16 de Fevereiro de 2001(eHealthLA). Iniciou o período de matrículas para cursos do programa Universidade Aberta à Terceira Idade da Universidade de São Paulo (USP). Eles fazem parte do currículo de graduação das várias unidades que abrem vagas especiais para pessoas com mais de 60 anos, independente do grau de escolaridade.

É uma oportunidade de aperfeiçoamento até mesmo para quem tem anos de experiência. Segundo o Prof. Dr. Renato Sabbatini, da Unicamp, iniciativas como esta estimulam o idoso a continuar a exercitar intensamente o seu cérebro, aprendendo e ensinando. “Estudos indicam que o cérebro funciona como uma espécie de músculo: quanto mais você usa, mais ele desenvolve conexões novas e cresce. A inatividade, por sua vez, acelera a perda de conexões cerebrais”, explica o médico.

Atividade

Aulas de canto coral, curso sobre o pensamento crítico em filosofia, aulas de psicologia social e de psicologia da propaganda, entre vários outros temas, fazem parte dos cursos oferecidos. As inscrições para as atividades complementares culturais (como cursos de línguas estrangeiras e ikebana) e esportivas (natação, dança, ginástica para a terceira idade) são feitas em diferentes períodos do ano.

Um livro do projeto distribuído no posto de informações da Cidade Universitária contém toda a programação para o primeiro semestre. A Universidade da Terceira Idade também funciona nos campus da USP em Bauru, Piracicaba, Pirassununga, Ribeirão Preto e São Carlos.

Estatísticas

Segundo pesquisas, até 2025, a população de idosos aumentará em torno de 15% no Brasil. “O aumento da longevidade média da população exige que os idosos sejam integrados mais intensamente na vida social, evitando o fantasma da aposentadoria, que mata tanta gente pela brusca mudança para a inatividade e para a sensação de inutilidade”, diz Sabbatini. Por esse motivo, setores do governo estão desenvolvendo diversos projetos voltados para a terceira idade.

Nos próximos 24 anos, o número de velhos no País se aproximará do encontrado nos países europeus, afirma um estudo feito pelo Ministério da Justiça. Até 2025, de acordo com o estudo, os idosos já serão cerca de 32 milhões. Com isso, em 75 anos, o Brasil sairá da 16ª para a 6ª colocação nas estatísticas mundiais sobre a terceira idade.

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