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Doação de Órgãos Será Prioridade nos EUA, Segundo Secretário

06 de Fevereiro de 2001 (Bibliomed). No primeiro dia como secretário de Saúde e Serviços Humanitários (HHS, sigla para Health and Human Services), o ex-governador de Wisconsin, Tommy Thompson, disse que vai tornar o aumento do número de doadores de órgãos no país uma prioridade nos seus primeiros meses de trabalho.

No discurso de apresentação aos funcionários do HHS, Thompson anunciou que "tomará iniciativas nos primeiros cem dias para lançar uma campanha nacional para aumentar a consciência sobre doação de órgãos no país".

"Vamos transformar o problema em um assunto nacional. Obter informações e estimular as famílias nos Estados Unidos a entender a importância da doação de órgãos", disse o secretário.

No governo de Thompson, Wisconsin teve um dos programas de doação de órgãos de maior sucesso no país, com 30 a 35 doadores por milhão de habitantes, comparados a média nacional de 20 doadores por milhão de habitantes.

Em março, depois de uma ordem do governo federal para uma divisão mais ampla de doadores de órgãos entre os Estados baseada em necessidades médicas, Wisconsin entrou com um processo contra Donna Shalala, então secretária de Saúde.

Thompson disse na época que a política iria punir injustamente os Estados como Wisconsin com programas de sucesso para obtenção de órgãos e argumentou que o foco deveria estar no aumento do número de doadores em vez da revisão das regras de distribuição.

Uma corte federal rejeitou o caso em novembro dizendo que o requerente não tinha direito a entrar com processo já que não sofreu prejuízo. Thompson falou sobre conflito novamente durante sua declaração na sexta-feira.

"O que precisamos fazer em vez de tirar de um Estado para outro é aumentar o número de doadores nos Estados Unidos. Eu acredito nisso", disse Thompson. "Quando me tornei governador, assumi a tarefa de tentar articular uma visão para mais pessoas serem reconhecidas e envolvidas na doação de órgãos e pretendo fazer isso como secretário também", declarou o ex-governador.

Cerca de meio milhão de norte-americanos precisam de um novo coração, pulmão, rim, pâncreas ou intestino, segundo a Coalition of Major Transplants Centers. Quase 70 mil pessoas estão nas listas de espera e milhares morrem esperando todos os anos.

Entre outros objetivos enfatizados por Thompson na sexta-feira estava a renovação da prioridade para os programas de saúde da mulher. "Teremos um papel de liderança neste país e em todo o mundo na melhora da saúde da mulher", disse o secretário.

Thompson disse que será auxiliado por sua mulher, Sue Ann, que sobreviveu a um câncer de mama e iniciou a Fundação para a Saúde da Mulher em Wisconsin. "Ela é apaixonada por isso e vai ficar em Madison (Wisconsin) para continuar a operar a fundação. Ela gostaria de expandir o trabalho nacionalmente", disse o secretário.

Thompson tem sido criticado por várias organizações de saúde da mulher por seu histórico em assinar algumas das leis mais restritivas do país sobre o aborto. Durante sua recente audiência de confirmação, o secretário insinuou que planejava revisar as precauções de segurança associadas à pílula Mifeprex (mifepristone), conhecida como RU-486, recentemente aprovada para aborto.

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